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TEXTO 1

DANÇA

Existem duas espécies mais importantes de dança: a teatral e a social.

A teatral é encenada para o entretenimento de espectadores. Dentro dela encontramos o balé, a dança moderna, danças folclóricas, os bailados dos musicais e o sapateado.

Na dança social, os participantes dançam para o seu próprio prazer.

Todos os tipos de dança envolvem movimento, energia, ritmo e criação. Movimento é a ação dos bailarinos quando usam o corpo para criar formas ordenadas; a energia fornece a força necessária para executar o movimento; ritmo é o padrão de tempo em torno do qual se realiza o movimento e a criação está relacionada com a forma visual apresentada pelo movimento do corpo do bailarino.

FOTOS

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Ataque ao reduto Tavares - 1914
Ataque ao reduto Tavares – 1914

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CONTESTADO175 - BSB - SANTA CATARINA - 11-12-2011 - ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS - EMBARGADO - NACIONAL - Reproducao de foto do Contestado, do arquivo do exercito no Rio de Janeiro. FOTO: CELSO JUNIOR/AE
CONTESTADO175 – BSB – SANTA CATARINA – 11-12-2011 – ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS – EMBARGADO – NACIONAL – Reproducao de foto do Contestado, do arquivo do exercito no Rio de Janeiro. FOTO: CELSO JUNIOR/AE

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CONTESTADO177 - BSB - SANTA CATARINA - 11-12-2011 - ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS - EMBARGADO - NACIONAL - Reproducao de foto do Contestado, do arquivo do exercito no Rio de Janeiro. FOTO: CELSO JUNIOR/AE
CONTESTADO177 – BSB – SANTA CATARINA – 11-12-2011 – ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS – EMBARGADO – NACIONAL – Reproducao de foto do Contestado, do arquivo do exercito no Rio de Janeiro. FOTO: CELSO JUNIOR/AE

CONTESTADO501 - BSB - SANTA CATARINA - 11-12-2011 - ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS - EMBARGADO - NACIONAL - Passagem da escolta do general Setembrino no rio Canoinhas. Por acasiao o tenente Euclides Figueiredo quase morreu afogado para salvar dois soldados que estavam prestes a perecer. Ele foi salvo nos ultimos momentos. FOTO: CELSO JUNIOR/AE
CONTESTADO501 – BSB – SANTA CATARINA – 11-12-2011 – ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS – EMBARGADO – NACIONAL – Passagem da escolta do general Setembrino no rio Canoinhas. Por acasiao o tenente Euclides Figueiredo quase morreu afogado para salvar dois soldados que estavam prestes a perecer. Ele foi salvo nos ultimos momentos. FOTO: CELSO JUNIOR/AE

CONTESTADO111 - BSB - SANTA CATARINA - 03-02-2012 - ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS - EMBARGADO - NACIONAL - Reproducao de foto do arquivo do exercito onde rebeldes sao presos, incluindo criancas. FOTO: CELSO JUNIOR/AE
CONTESTADO111 – BSB – SANTA CATARINA – 03-02-2012 – ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS – EMBARGADO – NACIONAL – Reproducao de foto do arquivo do exercito onde rebeldes sao presos, incluindo criancas. FOTO: CELSO JUNIOR/AE

CONTESTADO170 - BSB - SANTA CATARINA - 11-12-2011 - ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS - EMBARGADO - NACIONAL - Reproducao de foto do Contestado, do arquivo do exercito no Rio de Janeiro. FOTO: CELSO JUNIOR/AE
CONTESTADO170 – BSB – SANTA CATARINA – 11-12-2011 – ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS – EMBARGADO – NACIONAL – Reproducao de foto do Contestado, do arquivo do exercito no Rio de Janeiro. FOTO: CELSO JUNIOR/AE

CONTESTADO168 - BSB - SANTA CATARINA - 11-12-2011 - ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS - EMBARGADO - NACIONAL - Reproducao de foto do Contestado, do arquivo do exercito no Rio de Janeiro. FOTO: CELSO JUNIOR/AE
CONTESTADO168 – BSB – SANTA CATARINA – 11-12-2011 – ESPECIAL CADERNO CONTESTADO 100 ANOS – EMBARGADO – NACIONAL – Reproducao de foto do Contestado, do arquivo do exercito no Rio de Janeiro. FOTO: CELSO JUNIOR/AE

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Lages Histórica

Antônio Correa Pinto – Capitão-mor Regente e Fundador de Lages – I

Em 22 de Novembro de 1766 Antonio Correa Pinto chega aos campos de Lages com a incumbência formal de iniciar uma póvoa que em 22/05/1771 seria elevada a Vila.

      Comemorando o aniversário de 247 anos desta efeméride iniciamos hoje a postagem de uma série de artigos com informações biográficas e genealógicas sobre o Capitão Mor fundador da Vila de Lages e seus familiares.

Antônio Correa Pinto ( de Macedo) – Capitão-mor Regente e Fundador de Lages

Biografia e História Familiar – Parte I.

       Antônio Correa Pinto nasceu aos 12/06/1719 em São Tomé da Correlhã, Termo da Vila de Ponte de Lima, Arcebispado Braga, Portugal, onde foi batizado no dia 17/06/1719. Filho legítimo de Luiz Correa Pinto natural da Freguesia de Faldejães, Arcozelo, Ponte de Lima, Viana do Castelo, Arcebispado de Braga, Portugal e de Antônia de Souza de Macedo natural da Freguesia de Eiras, termo da Vila de Arcos de Valdevez, Arcebispado Braga, Portugal.  Neto paterno de Manoel Antunes e Antonia Correia e por esta bisneto do Padre Belchior Correia e de Maria Pereira. Neto materno do Padre Antonio de Macedo e de Maria Fernandes. [1]

A família de  Luiz Correa Pinto e Antônia de Souza de Macedoinicialmente viveu em São Tomé da Correlhã e posteriormente mudou  para Santa Marinha de Arcozelo, Ponte de Lima, Arcebispado Braga, Portugal.

Por volta do ano de 1733 Antonio Correa Pinto, contando cerca de 13 anos de idade, partiu de São Thomé da Correlhã onde nasceu, indo para Cidade de Lisboa e dali para a cidade do Rio de Janeiro no Brasil onde viveu em companhia de um tio durante 10 a 12 meses, residindo na Rua dos Pescadores, Freguesia da Candelária.

Com 14 anos, aproximadamente, saiu do Rio de Janeiro e foi viver em Minas Gerais, na companhia de Francisco da Motta “negociante de ouro e prata”, onde permaneceu por cerca de 4 anos (1734 a 1737) andando “em cobranças” e deslocando-se de uma parte para outra sem permanecer em nenhuma freguesia por um tempo maior do que 6 meses.

Em torno de 1738, pelos 19 anos de idade, dirigiu-se a São Paulo e dali partiu para a Vila de Santos, São Paulo, lá permanecendo apenas 3 meses, e de onde “embarcou” para “as Campanhas do Rio Grande de São Pedro” para onde teria ido na companhia de Carlos Gonçalves.

Durante os 18 anos seguintes, aproximadamente entre 1738 e 1759, Antonio Correa Pinto viveu na Freguesia de Rio Grande de São Pedro de onde fez 3 viagens até São Paulo para tratar de seus “negócios de tropas” não tendo se demorado por mais de que 6 meses em cada viagem. Também neste período andou durante 2 anos “pelas “Indias de Espanha”,  tratando de seus “negócios de animais” e sem permanecer em freguesia alguma “por serem campinas e terras de Gentio”.

No Rio Grande de São Pedro, entre os anos de 1747 a 1750, o paulistano Bento Correa, exercendo atividade de “cocheiro”,  trabalhara para Antonio Correa Pinto.  Luis Lopes Coutinho, carioca, cantor, declarou que por volta de1751 reencontrou Antonio Correa Pinto no Rio Grande e que este lá estava estabelecido com negocio de “Loja”. Por depoimento do açoriano Jose de Souza, capataz de tropa, sabe-se que por algum tempo Antonio Correia Pinto também residiu (foi assistente) na Vila de Laguna, Santa Catarina, sem ter declarado datas precisas.
A mais antiga referência – que logramos localizar até o presente – da presença de Antonio Correia Pinto (então já conhecido como sertanista) na região dos Campos de Lages é atestada em 1748 quando foi testemunha do termo de divisão da Vila do Rio Grande com a comarca de Curitiba “pela Fazenda velha do defunto Carvalho nos sobreditos campos das Lages” [2]. Em 1766, antes mesmo do início da póvoa em Lages, o Capitão-mor já possuía uma fazenda, com 3 pessoas, em Vacaria e uma fazenda, com 10 pessoas, em Lages.
A maior parte das informações biográficas de Antonio Correa Pinto desde seu nascimento em 1719 até o casamento com Maria Benta de Oliveira em 1759 vem narrada pelo próprio Correa Pinto em depoimento que prestou no seu “Processo de Dispensa Matrimonial, Autos de Justificacao de Menor Idade e Estado Livre de Antonio Correa Pinto”, autuado em 09/07/1759 pela Camara Episcopal de Sao Paulo, cujas declarações foram, à época, corroboradas e complementadas pelo depoimento de 5 testemunhas como abaixo transcrevemos:

Depoimento de Antonio Correa Pinto em 09/07/1759 (fls 20 a 21):

“Antonio Correa Pinto depoente que vive de seus bens, tendo jurado aos Santos Evangelhos, declarou que se chamava Antonio Correa Pinto e que era filho de Luiz Correa Pinto e de sua mulher Antonia de Souza Macedo, e que era natural e fora batizado na freguezia de São Thome de Correlhan , Arcebispado de Braga, e que de idade tinha trinta e cinco para trinta e seis anos, e que sendo de treze annos sahira de sua terra para esta America , em a qual assiste ha vinte e dous annos, e que da Sua Patria viera para a Cidade de Lisboa, e de Lisboa para o Rio de Janeiro onde assistio hum anno pouco mais ou menos , ou dez meses na freguezia da Candelária, e daqui foi para as Minas Gerais na qual andou em Cobranças de huma parte para outra Sem fazer assistencia em freguezia alguma por tempo de seis meses, e nela gastou quatro anos pouco mais ou menos, das quays veio para esta Cydade e desta se passou para a Vila de Santos na qual assistiria tres meses pouco mais ou menos e della de Se embarcara para as Campanhas do Rio Grande de Sao Pedro onde assiste a dezoito anos pouco mais ou menos e nesta freguezia tem tido a maior assistencia, e que desta povoacáo fizera tres viagens a esta Cidade tratando de seus negócios de tropas sem fazer dimora que passe seis meses fora desta Cidade , e que também andara pelas Indias de Espanha dous annos a tratar de seus negocios de animais sem fazer assintencia em freguezia alguma por serem campinas e terras de Gentio, e que o seu estado é de solteiro , livre e desimpedido e nem tinha feito votos de Castidade ou de Religiao , nem tinha outro algum impedimento que lhe impedese o casarse com a Sobredita , nem sabe que ella o tenha, e que de seu tinha trinta mil cruzados  cobradas as suas dividas, e de legitima de seus Paes nada espera por que Sede de tudo o que lhe pertencer, e mais não depos, e Se assignou depois de ser lido o seu Juramento e de declarar como elle Depoente tinha deposto com elle dito Muito Reverendo Senhor, eu Jose Antonio da Silva  Escrivao da Camara Episcopal o escrevi”.

Constam as assinaturas: Antonio Correa Pinto , Vaz.
Testemunha1 (fls 21v a 22): Antonio Jose de Araujo – “Antonio Jose de Araujo natural de Santa Marinha Termo de Ponte de Lima Arcebisbado de Braga que vive de Andar (sic) no Caminho de Santos, de idade que disse ser de trinta e dous anos, tendo jurado aos Santos Evangelhos disse que o Conhesse  tao somente desta Cidade a Seis meses e para esta ouviu dizer viera do Rio Grande, e tao bem ouviu dizer a ele justificante que ele viera para esta America de poucos anos sendo ainda rapaz, e ouviu dizer a Domingos Fernandes que o justificante era de Ponte de Lima, e ao mesmo justificante também ouviu dizer que era solteiro , livre e desimpedido, e mais náo disse nem do  Costume e Se assinou depois de lido o seu Juramento (…)”.

Testemunha 2 (fls 22): Bento Correa – “Bento Correa natural da Villa de Guaratingueta homem solteiro e morador no Arraial dos Carijos das Minas Gerais e agora de passagem nesta cidade que vive de “handes”(sic) com tropas, de idade que disse ser de vinte e sete annos incompletos , tendo Jurado aos Santos Evangelhos declarou que conhecia o justificante a honze anos pouco mais ou menos por ter sido seu Couxeyro (sic) quatro anos em o Rio Grande de São Pedro, em cuja povoação he solteiro livre e desimpedido e por Carta que viu da terra do justificante dos seus parentes dos quaes colheu nao ter impedimentos na sua terra, e ouviu dizer a Francisco da Motta que o justificante seria de poucos annos fora com elle [ ….] ouro e Prata e fora com Carlos Gonçalves para o Rio Grande em o qual andou sempre “daqui para ali”, hindo aos Castelhanos em cujas viagem gastaria dous anos, e tem andado por povoado hindo ao Rio de Janeiro e a esta Cidade , e que a maior assistencia tem sido  no Rio Grande e nunca ouviu dizer que tivesse impedimento e mais nao disse nem do Costume e se Asignou depois de lhe ser lido o seu Juramento (…)”.
Testemunha 3 (fls 22 a 22v) : Domingos Fernandes Lima – “Domingos Fernandes Lima natural da Freguezia de Santa Maria da Castrasam (sic), Arcebispado de Braga, casado, e morador nesta Cidade, que vive de seu negocio de Loja, de idade que disse ser de vinte e seis anos, tendo jurado aos Santos Evangelho declarou que haveráo tres ou quatro annos que o conhece desta Cidade e tem ouvido dizer a varias pessoas que elle hé natural da Villa de Ponte de Lima, Freguezia da Corelhan, e que tera de idade trinta e cinco ou trinta e seis anos, e ouviu dizer a Francisco Soares assistente na Cidade do Rio de Janeiro que dizia ser Primo (sic) do justificante , que ele viera para esta America ainda pequeno, e que nela assiste segundo o que tem ouvido a varios que o tem conhecido que nesta America assiste a vinte e dous anos sendo a maior assistencia no Rio Grande de Sao Pedro e “andado de La para aqui” e outras partes com seu negocio de topas, e fazenda, e que sempre ouviu dizer que era solteiro livre e desimpedido e que nao tinha impedimento para nao se poder cazar, e mais nao disse (…)”.

Testemunha 4 (fls 22 v): Luis Lopes Coutinho – Aos 13/07/1759 , Cidade de Sao Paulo, na Residencia do Vigario Geral, Juiz de Casamentos. “Luis Lopes Coutinho, natural da Cidade do Rio de Janeiro, homem solteiro, morador por hora nesta Cidade, que vive de “Cantar” (sic) de idade que disse ser de trinta e seis anos, tendo jurado aos Santos Evangelhos, declarou que haveraó vinte anos pouco mais ou menos que…[uma linha ilegivel] que conheceo ao justificante na Cidade do Rio de Janeiro sendo elle testemunha estudante e que neste tempo mostrava ter elle o justificante ter de idade treze annos pouco mais ou menos e assistir em casa de um seu tio morador na Rua dos Pescadores que o governava, o que sabe pelo ver, e conhecer o justificante pela razao de muitas vezes ir a caza de um Cabeleyreiro que morava de fonte da Porta do mesmo Justificante, e haveráo oito anos mais ou menos hindo elle testemunha ao Rio Grande la achou ao justificante com sua Loja na qual freguezia se nao faltava que o Justificante tivesse impedimento, antes sempre se tractou por solteiro livre e desimpedido , de cuja freguezia saiu o justificante ficando ainda nella elle testemunha, e pela Paschoa passada o achou elle testemunha nesta Cidade, e nao sabia mais porque terras havia andado, mas sabe pelo que tem deposto e por ver huma carta dos pais do Justificante e por conversas que com elle tem tido que he solteiro tanto em Portugal quanto nesta Aamerica e mais nao disse (…)”.

Testemunha 5 ( fls 22v): Jose de Souza – “Joze de Souza homem cazado nesta idade onde he morador e vive de seu trabalho sendo Capataz de uma Tropa e natural da Ilha de São Miguel , Freguezia de São Jose de idade que disse ser de quarenta e cinco anos mais ou menos , tendo jurado aos Santos Evangelhos disse que a vinte hum ou vinte e dous annos conheceu ao justificante na Cidade do Rio de Janeiro assistente em caza de um tio e ha para cima de dezoito que o conheceu no Rio Grande , e nos Campos, e que lhe parece que agora terá trinta e cinco anos  mais ou menos e que […uma linha ilegivel] solteiro livre e desimpedido , e que tambem o conhecera assistente na Laguna por algum tempo do qual nao esta certo e nao sabe por que mais terras tenha andado mas que por o Justificante tratar de Tropas , de seu negocio presume que ha de ter andado por mais terras  sendo a maior assistencia no Rio Grande o que tudo sabe por razao do Conhecimento que tem dele, e mais nao disse e nem do costume (…)”.

Nos Autos de Casamento de Antonio Correa Pinto e Maria Benta de Oliveira protocolado em 17/07/1759 na Camara Episcopal, Cidade de São Paulo, os contrahentes apresentaram Certidão com Despacho do Reverendo Senhor Doutor Vigario Geral e Juis de Casamentos e outras Certidoes (Banhos dos quais nao resultaram impedimento algum), requerem e obtém Provizão de Licença para casar.

Contraentes: Antonio Correa Pinto natural e batizado na Matriz de São Thome de Corrilham (sic) termo da Vila de Ponte de Lima, Arcebispado de Braga, filho legitimo de Luis Correa Pinto e de sua mulher Antonia de Souza de Macedo moradores de Santa Marinha de Arcuzello (sic) da dita Vila de Ponte de Lima, Com Maria Benta de Oliveira filha legitima de Balthazar Rodrigues Fam, já defunto e de Izabel da Rocha do Canto moradores da  Vila de Santana de Parnaiba, e o contrahente assistente na Cidade de São Paulo.

Os noivos foram “denunciados” em 3 missas na Sé de São Paulo sem que houvessem impedimentos. Também determinou-se “Caução aos Banhos” no valor de 40 mil Reis, sendo 20 mil Reis por cada Certidão a ser apresentada pelo Contraente: em até 8 meses (Certidão da Freguesia da Candelaria do Rio de Janeiro)  e em até 2 anos e meio (Certidão da Freguesia de Rio Grande de São Pedro);  e ainda mais uma caução de 400 mil reis para cobertura de eventuais danos de terceiros. As fls. 7 conta exposição de Antonio Correa Pinto onde faz constar que em relação ao valor estipulado para os banhos no Rio de Janeiro e Rio Grande “o que o Sup.te he penozo assim satesfazer”, e como tem fiador suficiente para segurança destas caucões “lhe nao admite”. E assim requereu que lhe tomassem  fiança, apresentando fiador, que foi aceito, na pessoa de Antonio de Freitas Branco[2]   [3], morador na Cidade de São Paulo. (fls 8 a 9).  As fls 14 e 15 foram juntadas Certidão de Banhos da Freguezia de Rio Grande de São Pedro (em que foram denunciados em 3 dias festivos  sem apresentar impedimentos, datada de 11/03/1760) e Certidão de Banhos do Rio de Janeiro (em que foram denunciados em 3 dias festivos nas paróquias Igreja da Sé Catedral, Nossa Senhora da Candelaria, São Jose e Santa Rita, sem apresentar impedimentos, datada de 11/04/1760).

Antonio Correa Pinto (sic) casou em 26/07/1759 em Santana da Parnaiba, Província de São Paulo, com Maria Benta de Oliveira nascida em Santana da Parnaiba onde foi batizada em 28/03/1743 (fls 147v) [4] filha do Alferes Balthazar Rodriques Fam (o moço) nascido em Sampaio de Fão, Espozende, Portugal e de sua mulher Izabel da Rocha do Canto natural de Santana de Parnaiba, São Paulo, neta paterna de Balthazar Rodrigues Fam (o Velho) e de Maria Francisca Bento, neta materna de Pedro da Rocha do Canto natural de São Gens, Arcebispado de Braga, Portugal, e de sua mulher Archangela de Oliveira natural de Santana da Parnaiba.

Transcrevemos a seguir o assento de casamento de Antonio Correa Pinto e Maria Benta de Souza (fls 9 a 9v) [5]:
“Antonio Correa Pinto//

Com Maria Benta//

                         Aos vinte e Seis dias do mes de julho de mil Sette cen//

tos cincoenta e nove annos nesta Igreja Matriz de Santa Anna da Villa//

da Parnahiba, pelas nove horas da manhã pouco mais, ou menos precedi-//

da provisam do Reverendo Senhor Doutor Vigario geral,  Se recebeu //

por palavras  de presente em minha presença na forma do Sagra//

do Concil. (sic) Trident. ,(sic)  e Constit., Antonio Correa Pinto, natural e bau-//

tizado na Matriz da Freguezia de Santo Thome de Corrilam, termo //

da Villa de Ponte de Lima, e Arcebispado de Braga, filho legitimo //

de Luis Correa Pinto natural, e bautizado na Freguesia de Fal //

de Gens do ditto Arcebispado de Braga, e de Antonia de Souza//

de Macedo, natural, e bautizada na Freguezia de Eyras, termo //

da Villa dos Arcos do mesmo Bispado, netto paterno de Ma//

noel Antunes, cuja naturalidade náo soube dizer, o ditto Co-(sic)//

trahente, como també (sic) dos nomes Sobre nomes , e naturalida//

des, de Sua avô paterna, e dos maternos por vir da Sua //

Patria de menor idade, como justificou, e Maria Ben-//

ta de Oliveira, natural, e bautizada nesta freguezia da//

Pernaiba (sic), filha Legitima de Balthazar Rodrigues Fam//

natural, e bautizado em freguezia de Sam Pays , Arce//

bispado de Braga , e de Izabel da Rocha do Canto, natural//

e bautizada nesta freguezia de Parnahiba, netta paterna//

de Balthazar Rodrigues, e de Sua mulher Maria benta, ambos//

naturaes, e bautizados na freguesia de Sam Payo de Fam do dito Ar//

cebispado, e netta materna de Pedro da Rocha do Canto , natural, e //

bautizadoem a freguezia de Sam Gens do mesmo Arcebispado, e de Ar//

cangela de Oliveyra, natural, e bautizada nesta freguezia, onde he//

moradora a Contrahente, e o Contrahente da Cidade de Sam Paulo,//

e ambos os contrahentes Se receberáo com licença minha e nao em //

minha prezença, mas na prezença do Muyto Reverendo Doutor Vi//

gario geral Manoel Joze Vaz, o Muyto Reverendo Doutor Arcipres-//

te Paulo de Souza Rocha, Thomazia da Rocha Souza, mulher de //

Manoel Mendes da Costa da freguezia da Sé da Cidade de Sam Pau-//

lo, e Anna Rodrigues de Oliveyra, mulher de Lourenço Cardozo de Mel//

Lo desta freguezia. E logo no mesmo dia, mes, e anno atras declara//

do administrou o Sobredito Reverendo Padre aos dittos Conthaentes//

as bençoens nupciaes, que a Igreja determina, de que faço este Assen//

to, em que me assigno com as duas testemunhas abayxo assinadas. Dia//

mes, e anno, ut Supra, e o ditto Reverendo Padre Joseppe de Abreu (sic) //

                                                            O Vigr.o  Manoel Mendes de Almeyda”.

Constam as assinaturas de: Paulo de Souza Rocha, Manoel Joseph Vaz,

e de Polycarpo Manoel Nogr.a.

Do casal Antonio Correa Pinto e Maria Benta de Oliveira não houve descendência.

O Capitão-mor Regente Antonio Correa Pinto faleceu em 28/09/1783 na Vila de Lages. Foi conduzido solenemente de sua casa até a “Igreja Matriz da Senhora dos Prazeres de Lages” onde foi sepultado em 29/09/1783 “acima do arco ao pé dos degraus do Presibiterio”.  Deixou testamento lavrado em Lages aos 07/08/1783 (LO1, fls 16V a 17v), no qual declara sua naturalidade,  filiação,  estado civil e não possuir filhos; professa a fé Católica Romana; dispõe suasúltimas vontades em relação a seu funeral; deixa sua mulher por herdeira e testamenteira enquanto a mesma não voltasse a se casar. Em seu testamento determinou que caso a esposa casasse novamente ( o que veio a ocorrer) a parte que coubesse a ele, Correa Pinto, seria herdada pelas irmãs do mesmo, a saber: Maria de Souza e Thereza de Souza (moradoras na freguesia de Santa Maria de Geral de Lima) e por falecimento de alguma delas a parte que tocasse a cada uma ficaria pertencendo em igual parte aos seus respectivos filhos. Caso a esposa não casasse novamente poderia usufruir livremente do total dos bens do casal e só por sua morte é que se faria a repartição dos bens na forma referida. Dentre os seus bens, Correia Pinto declarou possuir duas fazendas (não cita os nomes nem onde se localizavam), gado vacum e cavalar, e escravatura, assim como possuir débitos e créditos constantes nos livros próprios de controle dos mesmos. Da parte que lhe tocava dos bens de seu casal o Capitão Mor Regente deixou liberta a escrava Adriana mulata, filha da escrava Rita. Para seu sobrinho Antonio Jose de Miranda que com ele viveu algum tempo em Lages o Capitao Mor deixou 100 éguas para auxiliar nos primeiros tempos em que seu sobrinho estivesse se estabelendo como criador na Vila de Lages. Nomeou seus procuradores, para cumprimento do que determinasse sua testamenteira, em Lages : Jose Pereira Crasto e Bento Manoel de Almeida Paes, e  na cidade de São Paulo: Capitão Manoel Antonio de Araujo,  Sargento Mor Antonio Rodrigues de Oliveira, e Jeronimo Martins Fernandes.
O Ajudante Antônio José de Miranda  nasceu em cerca de 1754 em Santa Marinha de Moreira do Gerais de Lima (Viana do Castelo), Portugal. Era filho de Manoel de Miranda e de  Ignês de Sousa, (irmã de Antonio Correa Pinto).  Casou aos 15/10/1782 em Santana de Parnaiba com Gertrudes Maria de Mello  filha de  Lourenço Cardoso de Mello natural de Angra, e de sua mulher Anna Rodrigues de Oliveira natural de Santana de Parnaiba onde casaram em 1757. Gertrudes Maria era neta paterna de Vicente Cardoso da Costa e de Maria do Desterro, de Angra, e neta materna do alferes Balthazar Rodrigues Fam e de Izabel da Rocha do Canto, e por estes sobrinha de Antonio Correa Pinto e sua mulher Maria Benta de Souza. Por volta de 1820 Antônio José de Miranda ainda era vivo e residia em Santana de Parnaíba.Antônio José  e Gertrudes Maria tiveram ao menos a filha Ignez Maria de Oliveira  natural de Santana de Parnaíba onde aos 06/11/1811 casou com o Capitão-mor Manoel da Cruz Correa da Silva filho do Capitão Jose Mauricio da Silva e de Maria De Nazareth também de Santana de Parnaíba.

[1]  Dados gentilmente fornecidos pelo Genealogista Elpidio Novaes Filho.

[2] Martins, Romário, Lages, Histórico de sua fundação, até 1821. Documentos e Argumentos, Curitiba, Typ. da Livraria Economica. Annibal Rocha & C. 1910.

[3] Antônio de Freitas Branco constou da Relacão do Número de Pessoas que há no Distrito de Cima da Serra, Vacaria e Lages, elaborada por Pedro da Silva Chaves em 1766, como sendo proprietário de uma fazenda, nos Campos de Cima da Serra, onde viviam 10 pessoas.

[4] Brasil, São Paulo, Registros da Igreja Católica, 1640-2012,” images, FamilySearch (https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-1-16050-54664-65?cc=2177299&wc=M97B-12X:n1404711860 : accessed 20 Jun 2013), São Paulo > Arquidiocese de São Paulo, Parte B > Dispensas matrimoniais 1759 vol 469 > image 4 of 125.

[5] “Brasil, São Paulo, Registros da Igreja Católica, 1640-2012,” images, FamilySearch (https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-1-14863-93468-6?cc=2177299&wc=M97B-YNK:n1495274279 : accessed 21 Nov 2013), Santana de Parnaíba > Santa Ana > Matrimônios 1759, Jun-1790, Fev > image 9 of 201.

Postado por Tânia Arruda Kotchergenko às quinta-feira, novembro 21, 2013 2 comentários: Links para esta postagem

Marcadores: Antonio Correa Pinto (de Macedo)

Paixão Côrtes sobre o Acampamento Farroupilha

Dia do Gaúcho18/09/2015 | 18h31

Paixão Côrtes sobre o Acampamento: “Você vai lá e vê inúmeras fantasias”

Folclorista, que está com 88 anos, afirma que o tradicionalismo não é estático, mas que é preciso saber até onde criar.

Paixão Côrtes sobre o Acampamento: "Você vai lá e vê inúmeras fantasias" Dani Barcellos/Especial

Foto: Dani Barcellos / Especial

Nascido em Santana do Livramento, o folclorista Paixão Côrtes, 88 anos, que serviu de modelo para a estátua do Laçador, fala, neste 20 de Setembro, sobre o Acampamento Farroupilha e as tradições gaúchas passadas ê — transformadas — de geração para geração. Pai de quatro filhos (um já falecido), avô de cinco netos e casado com Marina, o estudioso conta como vê a data e a evolução dos costumes adotados pela gauchada.

Aqui Entre Nós — Como é o Dia do Gaúcho para o senhor?
Paixão Côrtes
 — Eu sou gaúcho 365 dias por ano, não sou gaúcho só no 20 de Setembro. Nesta data, presto homenagem aos meus ancestrais e procuro fazer isso com respeito, pesquisando as tradições.

Aqui — Tem o costume de frequentar o Acampamento Farroupilha?
Paixão —
Sim, claro, já fui lá! Não existe no mundo uma manifestação de culto às tradições e à sua terra como aqui. O povo tomou conta e deu as suas características, ou por conhecimento ou por ignorância. Por conhecimento, quando representa com fidelidade. Por ignorância, quando aparece fantasiado. Você vai lá (no Acampamento) e vê inúmeras fantasias.

Aqui — O que considera fantasia?
Paixão —
Eu não estou acusando as pessoas, mas existe uma responsabilidade em ser tradicionalista. Não basta colocar um vestido de prenda e sair com uma cuia na mão. A mulher, por exemplo, tem que tomar seu mate com cuia de porcelana! Mas é o jeito que as pessoas se manifestam… Eu não sou tradicionalista, procuro a ciência do folclore. E o tradicionalismo não é estático, é dinâmico, mas tem que saber até onde criar.

O GAÚCHO

O GAÚCHO

Al Neto / Fundador do CTG Barbicacho Colorado

O notável escritor norte americano Edward Larocque Tinker, em seu famoso livro LOS JINETES DE LAS AMÉRICAS (editorial Guillermo Kraft, Buenos Aires), escreve textualmente:

“El Temor y asombro inspirados por los caballos de los conquistadores permitieron a un puñado de heroicos españoles conquistar todo un continente; y más tarde, fue el gaucho del Rio de La Plata y Brasil, el guaso de Chile, el Ilanero de Venezuela, el vaquero de México e el cowboy de los Estados Unidos quienes, cabalgando sobre los descendientes des estos primeros caballos hispanicos, ensancharon las fronteras e hicieron posible el grande desarrollo agrario e industrial que siguió-las huellas de sus cascos”

Aí está, implícita, a definição de gaúcho. O gaúcho não é unicamente o indivíduo natural do Estado do Rio Grande do Sul; esse é o riograndense do sul. O gaúcho é o homem cavaleiro das Américas, que recebe na Argentina e no Uruguai o nome de gaucho; no Brasil, gaúcho; no Chile, guaso; na Venezuela, llanero; no México, charro; e nos Estados Unidos, cowboy.

Outro autor de destaque, John A Crow, oferece a seguinte definição do gaúcho em seu livro EPIC OF LATIN AMERICA (Dobleday and Co. Inc., New York):

“Gaúcho é o campesino do Rio da prata e do Sul do Brasil, muito destro no domínio do cavalo e treinado e eficiente nos trabalhos da pecuária.”

O escritor Francês Godofredo Daireaux, em seu livro TIPOS E PAISAGENS CRIOULOS (P. Hermanos Moetzely Co., Buenos Aires). Define o gaúcho da seguinte maneira:

“Gaúcho é o homem cavaleiro da América do Sul. Ele pode ser considerado como o centauro dos pampas, e sua vida está intimamente ligada ao cavalo e ao campo.”

Um oficial da Marinha Norteamericana, Thomas S. Page, que dirigiu uma expedição enviada para explorar o Rio da Prata e seus tributários em 1850, escreveu um livro intitulado LA PLATA, THE ARGENTINE CONFEDERATION, PARAGUAY AND SOUTHERN BRAZIL (Doubleday and Co. Inc., New York), em que define o gaúcho nos seguintes termos:

“O gaúcho é o homem do campo por excelência, que não se acostuma a viver nas cidades, cuja existência está limitada pelos horizontes imensos do pampa, pelo cavalo, pelo chimarrão e pela consciência de liberdade.”

Esse aspecto do amor do gaúcho pela liberdade, aliás, se encontra numa velha copla que diz:

“Gauchos no llevan calzones
Pero usan chiripa;
Con un letrero que dice:
Libertad, libertad, libertad!”

Alexandre Dumas (pai) escreveu um livro intitulado MONTEVIDÉO OU A NOVA TRÓIA, (Krakt, Buenos Aires) no qual define o gaúcho em forma novelesca. Diz ele:

“Em todas as aventuras dos campos da América do Sul se encontra a figura inconfundível do homem cavaleiro, daquele que enfrenta a vida sem temores e sem hesitações: o gaúcho.”

No livro EL CHARRO MEXICANO, Don Carlos Rincón Gallardo (Librería de Porrua Hermanos, México City), escreve textualmente:

“O charro mexicano, como o cawboy dos Estados Unidos e o gaúcho, é o vaqueiro, é o homem ligado ao campo e ao gado, o homem que existe para enfrentar a intempérie, o vento, a chuva, o trovão e tomar conta dos animais. Ele, que inicialmente era simplesmente um caçador de reses, tornou-se um verdadeiro protetor de ecologia.”

Bertha Muzzi Sincler escreveu um livro notável chamado COW COUNTRY (Little Brown and. Co. Boston). Nesse livro ela fala do gaúcho dizendo que encontrou na América do Sul e que jamais havia visto homem tão amigo da independência, da liberdade e da vida ao ar livre.

“O gaúcho – escreve ela – não pode viver dentro de casa. Para ele, a única forma de viver é no campo e ao ar livre, no lombo do cavalo.”

Walker D. Wyman em THE WILD HORSE OF THE WEST (The Caxton Printers, Caldwell, Idaho) descreve o gaúcho como um complemento do cavalo, e vice-versa. Diz ele:

“Nas planícies da América do Sul, o cavalo nada significa se não fosse o homem. Mas o homem também valeria quase nada se não fosse o cavalo. Pois o cavalo é o elemento que o homem usa para dominar o ambiente.”

Em idioma português, talvez a obra definitiva sobre o gaúcho seja o grande livro de Madaline Wallis Nichols, escrito sob o patrocínio da Duke University Press, de Durham, na Carolina do Norte, Estados Unidos. Para realizar esta obra magnífica, a senhora Nichols não apenas passou vários anos na América do Sul como também compulsou e estudou uma bibliografia de nada menos que 1.431 obras, segundo explica no prefácio do livro, na edição brasileira, publicada por Zélio Valverde AS o Escritor Castilhos Coycochea.

Castilhos Coycochea diz também que “foi a autora de THE GAUCHO quem encontrou a incógnita por tantos buscada. Americana, mas de outro hemisfério, não se deixou empolgar em qualquer sentido, quer para glorificar o já legendário cavaleiro sul-americano, quer para denegri-lo.”

Um dos pontos mais interessantes da obra da senhora Nichols está em afirmar que o gaúcho não existe em todo o Rio Grande do Sul. Ela afirma que nas regiões coloniais não existem muitos gaúchos. Ela acentua, e muito bem, o fato de que o gaúcho não é uma designação de nacionalidade, ou de origem territorial, mas simplesmente a designação de uma estirpe, de um ser humano que existiu e existe em vários locais, não limitados por fronteiras políticas nem idiomas.

Confirmado o fato de que o gaúcho não tem uma pátria definitiva já Felipe de Haedo, em 1778, em sua monografia DESCRIPCIÓN DE LA COLONIA YPUERTOS DEL RIO DE LA PLATA AL NORTE Y SUD DE BUENOS AIRES (Revista Del Rio de la Plata nº3) faz referência à uma classe de homens que não possuíam bem imóveis nem verdadeiras condições para se fixar em qualquer lugar. Estes homens vagavam de província em província cruzando da Argentina para o Brasil e do Brasil para o Uruguai e daí também de volta para a Argentina, sempre levados pelo seu amor ao jogo, ao cavalo e ao campo.

Em 1780 o vice-rei Juan de Vertiz, como conta em seu livro MEMÓRIA, (Arquivo General de Buenos Aires, nº462) relata que os gaudérios (como se chamavam então os gaúchos) lhe estavam causando muitas perturbações, pois passavam para o Uruguai e para o Brasil, sendo espertos contrabandistas.

A senhora Nichols, que é professora de história e de espanhol no Gaoucher College, de Maryland, nos Estados unidos, leva o seu estudo até os dias atuais para concluir que o gaúcho é o cowboy da América do Sul com uma diferença: pouco respeito pela lei.

De fato, o gaúcho nunca se destacou por ser um respeitador da Lei. E isso é assim porque seu principal apanágio foi sempre o amor à liberdade. Sempre desconfiado com o governo, certo de que era um injustiçado, ele tinha pouco respeito pelos representantes dos poderes públicos. Neste sentido, nenhuma obra é mais relevante do que Martin Fierro, que nos conta as andanças de um gaúcho perseguido pela lei.

Quando se fala aqui em gaúcho o essencial é recordar que não se trata de um toponímico. É um termo que designa certo tipo humano, bem diferenciado dos demais por suas características étnicas, por seus costumes e por sua filosofia de vida.

Dentro deste ponto de vista, é o gaúcho quem vive como gaúcho, e suas origens justificarem o nome. Assim, um peão de estância, cujo pai e avô já foram peões de estância, e cujas raízes estão ligadas ao campo, que toma chimarrão, que monta bem a cavalo, que só se sente à vontade nos grandes espaços abertos das fazendas e que é emérito trabalhador com bovinos, esse riograndense é um gaúcho. Mas, aquele que não sabe cevar um chimarrão e cujas mãos nunca bolearam um laço; que não sabe montar a cavalo nem castrar um terneiro – esse certamente não é um gaúcho.

Diante destas premissas compreende-se que quando se fala de um movimento de Tradição Gaúcha não se está falando de um movimento restrito a um Estado ou País. A maior parte dos gaúchos vive nos países do Rio da Prata, na Argentina, no Uruguai e no Rio Grande do Sul. Mas há uma área minoritária, menor, bem menor que a do Rio Grande do Sul, mas nem por isso menos autêntica: a área do Planalto Catarinense.

É fácil nos remontarmos às origens históricas da colonização do planalto catarinense. Os primeiros brancos que aqui chegaram foram precisamente os gaúchos, que viveram junto com jesuítas espanhóis. Eram gaúchos, não simplesmente riograndenses. Aqui estabeleceram as primeiras vacarias por volta do ano de 1655. Somente 100 anos depois é que Morgado de Mateus, premido pela necessidade de tomar conta deste território em nome do Rei de Portugal para aqui mandou Correia Pinto, a fim de fundar a cidade de Lages.

Nos arquivos da Província dos Jesuítas, em Buenos Aires, existem trechos reveladores da tentativa de colonização espanhola no território de São Pedro. Isso foi nos tempos dos Sete Povos. Quando Correia Pinto chegou à Lages aqui achou um punhado de gaúchos, que o foram encontrar. Mas estes gaúchos não falavam português e sim espanhol. Correia Pinto mandou cercá-los, a homens, mulheres e crianças, e passá-los pelas armas. E disse a frase histórica:

“Que as caveiras fiquem ao sol para escarmento do castelhano!”

O rio das caveiras, que delimita o perímetro urbano da cidade Lages, conserva esse nome como memória àquelas palavras de Correia Pinto.

É conveniente lembrar que Lages, e boa parte do planalto catarinense estavam no lado castelhano na linha das Tordesilhas, que passava por Laguna. Assim não de surpreender que os espanhóis viessem até aqui. Mas Portugal nunca reconheceu a linha das Tordesilhas, e por isso os Bandeirantes sempre procuraram empurrá-la mais para o sul. Posteriormente, através da mediação do Papa, Portugal e Espanha firmaram o tratado de Santo Ildefonso, que dirimiu a questão. Por esse tratado, no ano de 1777, Portugal entregava à Espanha a colônia de Sacramento, o Uruguai de hoje, e recebia em troca estas terras que haviam sido colonizadas no Brasil pelos espanhóis. A barganha foi completa e definitiva, e o planalto catarinense integrou-se tanto de fato como de jure no território brasileiro.

Mas Lages, como outras partes do planalto de Santa Catarina, possui uma origem gaúcha bem nítida. Repetimos que a Expressão gaúcho aqui não se refere aos naturais do Rio Grande do Sul e sim aos primeiros povoadores desta terra, que foram legítimos gaúchos de origem espanhola, liderados pelos jesuítas.

Existe toda uma filosofia de vida embutida na expressão gaúcho. Já dissemos anteriormente que o gaúcho é, até certo ponto, refratário à lei. Isto é perfeitamente explicável se se considera os desmandos dos poderes imperialistas nas origens da América do Sul. O gaúcho foi talvez aquele que mais lutou contra o imperialismo, levado sempre pelo desejo de liberdade, pelo seu ideal de manter-se longe dos grilhões do Estado.

Não é por acaso que o maior clássico da literatura gaúcha (e note-se que não dizemos meramente Argentina) é Martin Fierro, de José Hernandez. Martin Fierro nada mais é do que a epopéia de um homem livre que lutava contra as imposições de um Governo de tendências ditatoriais.

Quem fala em tradição gaúcha fala também em tradição de liberdade. Por isso o movimento tradicionalista tem tamanha importância, já que ele acentua verdadeiramente os princípios da liberdade em toda esta parcela da América do Sul.

Recolhido por Mário Arruda

Marginación del indio y del gaucho

1 Introdução
Este artigo irá abordar a marginalização de índio e gaúcho, e como eles foram perseguidos por não ser como o resto do povo.
Vamos enfatizar o período do governo dos liberais, que se manteve ao longo dos anos 1862-1880.
Esta política foi dirigido por Sarmiento, Avellaneda, Mitre e Roca, e caracterizou-se por assumir a propriedade, os modelos europeus. Esta sociedade divide significava em dois grupos: o primeiro civilizadas, era aquele grupo de pessoas que aceitaram o modelo europeu e que fizeram sua vida parece que do lado de fora. Reconhecendo que o único caminho para o progresso era imitar os países europeus e estavam dispostos a mudar para melhorar o país.
Por outro lado, foi o barbarismo que foi separado do grupo que Argentina de essas potências países. Impedindo o progresso e foi amarrado e UML; suas terras.
Assim, a rivalidade entre o “branco” (civilizado) eo “índio e gaúcho” (barbárie) surge.
Seguindo essa divisão e estes dois pólos opostos da sociedade liberal, desenvolver um trabalho tentando analisar a ideologia liberal e senso de barbárie.
O trabalho está dividido em duas partes para melhor desenvolvimento e análise.
2 “Os índios marginalizados política liberal.”
Background:
introdução:
Desde a chegada da América espanhola, indígena, estavam sempre a dominação branca.
A partir desse momento, o, o verdadeiro soberano e dono da terra natal, foi perseguido, assediado e marginalizados curso não só pelo governo, mas também pela própria sociedade.
Muitos homens ao longo da história foram destinados a alcançar a apresentação argentino aborígine para o exercício e homem civilizado e também sobre a classe social em tudo semelhante à sociedade conhecida.
A seguir, referem-se ao índio alojados em nosso território antes da chegada dos liberais, seus adversários reais. Analise o seu fundo e como eles se intelectualmente formado 1862, quais são as suas idéias, seus objetivos e seus medos, em seguida, divulgar o sofrimento que suportou a discriminação e marginalização desse novo homem liberal avançando com ideias claras e susobjetivos e fixo.
Os índios, a sua história:
Quando os espanhóis chegaram à América e transformar nosso país em uma colônia espanhola, é um grande problema para resolver e deve encontrar uma solução. É a presença de um culturalmente distintos de ser, encontra-se com o índio.
Posteriormente, esta primeira união entre o branco eo índio, um processo transcultural começa. Mas como era indígena para este usurpador?
“Os curativos são todas as guerras de ferro .. Usar o ferro, o ferro como capocete colocar suas cabeças são espadas de ferro, lanças de ferro […] Em todos os lugares são enrolados os seus corpos, seus rostos são mostrados apenas brancos, são como se fossem de cal “.
Isto significa que para o índio uma grande mudança. Para ser envolvido em solidão tranquila, amarrado a suas regras e costumes, acontecer de ter a companhia de pessoas que não são como eles. A partir daqui começa a indígenas o seu pior pesadelo, o grande tentativa de branco dominam. Assim, na mistura resultante de duas empresas; dois modos de vida; duas concepções do universo e duas sistemasreligiosos diferentes.
O primeiro assentamento espanhol no Novo Mundo foram baseadas em dominação e rendição incondicional do aborígene, a trabalhar como modelo em toda a história da Argentina.
Havia áreas onde os pobres tratamento, atingiu limites extremos: no Caribe, nove décimos da população indígena, foi vítima de excesso de demanda e grandes epidemias européias.
Uma vez que o homem branco se estabeleceu em nosso território, o nativo está totalmente exposto à sua vontade. A política colonial imposta pela Espanha, precisava dos líderes indígenas trabalho e colonos natural indiano sentia.
Como resultado desta situação, o aborígene trabalhou para ele se tornar um escravo, vítima de exploração exagerada e ilimitada.
Desde aquele tempo, a sociedade foi dividida bruscamente, e vai continuar por algum tempo.
Origem Grupo I-urbana:
• Senior.
• Planters – proprietários de fazendas.
• Mineração – fazendeiros.
• Grandes comerciantes.
• Negreros.
Alta II hierarquia eclesiástica e administrativa.
Grupo III variou:
• Os pequenos comerciantes.
• manipuladores.
• Artesãos.
• Funcionários da mídia.
Índios IV: trabalho. A posterior chegada dos escravos africanos completou o sistema.
Eles tentaram levantar alguns sistemas para prevenir o abuso dos espanhóis sobre a atividade de trabalho indiano, mas eles não deram resultados satisfatórios, pois o branco é considerado autoridade suficiente para fazer o que quisesse indiano. Essa ação do homem branco não foi apoiada pela coroa, que tinha claramente ordenou que são bem tratados como os nossos assuntos e vassalos. Uma vez que a coroa foi a intenção de ensinar em suas colônias da Santa Fé Católica.
(Ver anexo 1: “A política indiana organizados pelos Reis Católicos”)
Também é contraditório, se olharmos para a tabela abaixo é observado, uma vez que 98,03% da população da Argentina no século XVI, era indígena e apenas 0,65% eram brancos. No entanto, a percentagem mais baixa de dominar o outro, não percebendo a grande oportunidade de ser destruídos em caso de levantamento da população indígena.
Como podemos ver, o mais cedo, desde o início do país, o índio foi subitamente dominado e tratados como inferiores.
Não seria de estranhar que nos próximos 300 anos, o índio continua marginalizado, como a política desses homens norte-americanos – os europeus, que querem apenas a sua própria riqueza à custa do eu inferior.
Século XIX:
No século XIX, a relação conflituosa entre indígena e branca continuou a desenvolver e, sem dúvida, pior do que antes.
O “deserto” foi o nome que recebeu a área habitada por aborígenes e não foi nomeado para ser evacuado, mas não ser habilitado por brancos.
Incluído nas províncias de Santa Fe e Córdoba; Cidade de San Luis, Mendoza e no oeste da cidade de Buenos Aires; e no norte da Patagônia e Pampa.
Houve neste deserto, grama áspera coberta prados, colinas e ondulações, dunas.
Viver recursos que lhes deram esta área.
Os índios viviam neste século, em confrontos constantes com o “civilizado”. Eles buscavam a liberdade a todo custo e tentar evitar cair em suas mãos.
Em 1833, Rosas, preparado e organizado a Conquista do Deserto. O plano proposto para empurrar as tribos das montanhas de modo que não pode escapar.
A conquista foi um sucesso:
“Muito bem organizado, Rosas contratou engenheiros, Feliciano Chiclana […] que seriam excelentes observações astronômicas, geográficas e taquígrafos […]. Wore médicos, sacerdotes, topógrafos, baqueanos uma oficina equipada e conseguiu o fornecimento de provisões o percurso total inteiro. 2003 cavalos por soldados (quatro oficiais) … “.
Graças à participação de cientistas, o conhecimento do terreno foi melhorada.
Foi criada a ordem ea paz na fronteira seguinte.
Foram cerca de 1.835 índios comandando Cafulcura, o chefe poderoso que tinha vindo do outro lado da Cordilheira dos Andes. Cafulcura Rosas e os líderes dos dois lados em conflito, teve um relacionamento de negociações de paz realizadas na fronteira. Mas essa tranqüilidade foi quebrado várias vezes. Cafulcura era um líder poderoso, com muitos homens sob seu comando e foi por 48 anos, um líderindiscutido das comunidades indígenas. Ele virou-se milhares de chefes desesperados para ficar sob a proteção da “Confederação de Salinas Grandes.” Esta foi a melhor organização da Confederação lados Indígenas.
Além disso, Roses, estabelecimentos administrados. Índios conheciam os mistérios, ele ganhou o respeito dos chefes mais importantes, incluindo Cafulcura.
Um chefe nomeado Cachel disse:
“Juan Manuel nunca me enganou, eu e minha tribo vai morrer por isso, porque as palavras de Juan Manuel são as palavras de Deus.”
Durante este tempo de paz, Salinas Grandes e Buenos Aires eram dois centros de poder com grande troca.
Queda de Rosas rompe o bom relacionamento com a Confederação de Salinas Grandes. Buenos Aires começa a viver novamente ataca os nativos a se aposentar lados desprotegidos.
3 índios que vivem com os liberais:
desenvolvimento:
A derrota do interior na Batalha de Pavón possibilitou a organização nacional sustentado, controlados e gerenciados pela Buenos Aires.
Esse processo estava em vigor entre 1862 e 1880, sob a presidência do Mitre; Sarmiento e Avellaneda.
Os homens deste novo período teve um gol para eliminar a barbárie e civilizar o país, colocando-o ao nível de gerações avançadas de tempo.
Um problema que preocupava os novos governantes foi a população. O primeiro censo realizado em 1869, revelou a existência de apenas 1,7 milhões de habitantes.
Por isso, era necessário atrair os imigrantes e para permitir a sua chegada, teve de garantir a segurança. Isto envolveu a remoção do problema Indiana. Contínuas tentativas de Sarmiento e Mitre, terminou a campanha liderada por Rocha sob o governo Avellaneda.
Mitre abre o governo liberal em 1862, nasceu em Buenos Aires, foi Ministro da Guerra da província em 1853 e em 1860 tornou-se governador da província de Buenos Aires. Como presidente, ele fez uma política mais eficaz do que teve presidentes anteriores, como Urquiza, a indígena.
“As tribos são uma grande potência para nós, uma república independente feroz dentro da república Para encerrar este escândalo é necessário para a civilização para conquistar este território. Realizar um plano de operação que resulta na destruição selvagens, o total das. argumento espada de aço é mais forte para eles, e é para ser usado para ordenar ou exterminá-los no deserto (…) “.
Desta forma, Mitre mostra seu plano, sua proposta de aniquilação do índio, com um objectivo económico, para proteger a propriedade e ter a propriedade plena dos terrenos que poderiam dotar o país fortunas se fossem bem trabalhada.
O resultado deste plano foi a expedição do coronel Julio De Vedia primeiros 1.863 soldados chegou Leuro e Trenel e causou a fuga dos índios que não conseguiu impedir a perda de seus irmãos e pelo menos tentar salvar seu vive.
Embora um tanto contraditório, Mitre continuou com uma política que tinha sido implementado por vários presidentes tratados é porque, infelizmente para eles, os liberais, que era impossível, mesmo se quisessem, para manter um crime permanente e generalizada e também porque era muito mais caro para começar uma guerra a assinar um tratado.
O presidente tem vários conflitos em seu mandato, mas, apesar deles não esquecer nem negligenciar os seus amigos a partir da fronteira.
Esforçando-se para conter a pressão indiana, que se caracteriza como insustentável, Mitre termina seu governo permaneceu por seis anos.
Em 1868, Sarmiento assumiu como presidente da Argentina. Ele nasceu em San Juan. Em 1864 foi Ministro Plenipotenciário da República dos Estados Unidos durante a sua presidência estendido do comércio, melhorou o transporte, a imigração favoreceu e promoveu a educação. Ele também favorecidos em detrimento de todos os outros meios de comunicação, tratados políticos, o que quase sempre ajudou a sair do “problema” no meio de conflitos entre esses dois grupos: brancos e índios.
Os principais tratados que foram assinados no período Sarmiento, foram os assinado Paghitruz e General Mansilla em 1870 e assinou com Limonao.
Alguns destes tratados são, à primeira vista, uma tentativa impressionante para subjugar os índios pelo governo, já que havia neles, cláusulas que levem em conta as características da cultura indígena, ao contrário, são todas as obrigações que o índio deve seguir, e por último mas não menos importante, estas obrigações estão relacionadas a práticas diferentes a que ele estava acostumado.
Por exemplo, o acordo já mencionado assinou a 13 outubro de 1869, o chefe Limonao, concordou:
• Apresentação de assuntos argentinos;
• Um cacique como não reconhecer qualquer autoridade;
• Para estabelecer uma colônia agrícola – Militar;
• Para receber sacerdotes aprendizagem da religião cristã;
• aos professores um para receber a educação das crianças;
• Para receber pessoas especializadas para ensinar-lhes a agricultura ea;
• A serviço militar na fronteira.
Em uma palavra, mudar completamente seu estilo de vida e forçá-lo a ser como ele realmente não está quebrando sua cultura e jogar fora costumes que foram herdados de geração em geração.
Na maioria das vezes, nos tratados, foi possível abusar dos índios sob sua autorização e aceitação porque eram demasiado óbvia em um enfraquecimento e muito bem utilizado pelo alvo. Eles sofreram fome, foram marginalizados e vivia cercado de pobreza e uma necessidade muito grande a todo custo, uma mão para ajudá-los a qualquer custo.
Depois de um tempo de luta continuou, contra o governo indiano, houve uma grande batalha. Esta batalha de San Carlos foi chamado.
Geral Rivas, comandante da fronteira enfrentou Cafulcura a 8 de março de 1872 ao norte de San Carlos e é lembrado como um dos maiores choques até agora.
“Os índios manobrou lucidamente. Marcharam em cinco colunas paralelas, com táticas de guerrilha e manter as linhas de frente distâncias mobilizados e toque de clarim com limpeza veterano (…)”.
Ele ganhou o governo nacional e decidiu que ano a ter novos negócios e atingir unificação pacífica com os índios:
• Sargento partiu entrevistas Sul Bejarano ter paz com um chefe chamado Sayhuegue.
• O general foi para Leuvucó Adenonso onde assinou tratados com Paghitruz Guor.
Em 1873, como usado pelos índios, armas de fogo, o que significa um perigo para o governo nacional e um medo para o resto da sociedade.
No ano seguinte, ele foi eleito presidente Avellaneda, quando o período de Sarmiento. Avellaneda nasceu em Tucumán. Sua política foi caracterizada pela austeridade econômica e imigração encorajador.
O novo ministro da guerra, o Dr. Rodolfo Alsina, propôs a implementação de um plano de progresso lento e deliberado, mas dar resultados muito bons, se tudo correu como planejado e organizado.
Este projeto teve como objetivo atingir o Rio Preto e tentar uma vez por todas trazer a paz e / ou bom relacionamento com grupos marginalizados, os índios “, o plano do Executivo é testá-lo contra o deserto, e não contra os índios para destruir “. Quanto seria que certa afirmação liberal?,
É sério que o seu objectivo não era destruir o índio?
Na verdade ele saiu, esta, a desculpa perfeita para começar o seu plano. Alguns autores contemporâneos respondeu a essas perguntas por meio do desenvolvimento de uma hipótese, para eles e algumas noções básicas de seguro:
“Talvez o que este plano ou pensamento era censurável foi destinado a atrair os índios para a civilização através de meios pacíficos. Infelizmente, a experiência de quase meio século têm mostrado que as expedições só contados, o índio, era um rebelde ou relutar racial toda a idéia de submissão para os cristãos, especialmente se fosse para tira-lo das terras em que viveram por muito tempo “.
Alsina decidiu, então, explorar os territórios para invadir e ocupar a sua cultura, a civilização se afogando em dívidas a que se deseja alcançar. Mas é evidente que esta decisão irritou os índios e um deles respondeu:
“Sonhei informando cristãos longe levou o meu campo se estes campos se defender, então vou colocá-los para fora entre cristãos e eu sei que pode prejudicar e muito mais …”
Era uma ameaça?, Estava realmente pronto, esta classe não danificar?
Infelizmente para os índios mais uma vez, o projeto do ministro da guerra, para ocupar o território de forma gradual, não foram organizados o suficiente para respeitar os direitos dos povos indígenas. Como de costume.
Alguns chefes foram propostas mudança para outros territórios e assinar tratados pertinentes. Devido a esta “expropriação de suas terras”, veio a chamada Invasão Grande.
Ele era em primeiro lugar um desenvolvimento bem-sucedido, mas no final foi um golpe muito dura para os índios do deserto, e concluiu o projeto Alsina, que nunca pensaram que poderiam parar.
O projeto teve como objetivo abranger um total de 730 km entre Bahia Blanca e Cordoba sul, mas só conseguiu chegar a metade.
A chave usada para alcançar este plano Alsina sucesso era levantar fortes de tempos em tempos para prevenir e controlar os ataques dos índios, nessas áreas e nesses tempos eram muito possível.
Embora seja verdade que o território era um deserto, agora nas mãos dos nativos, sem donos originais, permitindo uma fácil mobilidade e uma grande capacidade ofensiva e defensiva, a situação começou a levá-los um pouco difícil.
Consequentemente, alguns com seus chefes tribais escolheu para se render, desistir, desistir. O que acontece é que a fome e exaustão dessas comunidades foi, nestes casos, mais forte do que sua vontade de lutar.
O medo de uma possível morte e da perda da cultura indígena, começou a aparecer com frequência nas comunidades, uma vez que não só enfrentou as forças nacionais (com embarques de fuzis Reningtons, rapé e álcool), mas também doenças enfrentadas como a tuberculose ea varíola, que foram fatais para os índios.
Houve uma indústria indígena que às vezes fazia parte dos exércitos nacionais.
Vários índios recrutados nas comunidades vizinhas fortes loa, freqüentemente participou em expedições “interior”, não apenas como funcionários, mas também, e, embora seja difícil de entender, como combatentes. Situação que realmente mostra uma grande contradição na cultura dos índios e os conflitos causados entre os seres humanos.
No final dos anos 70, as tentativas de alcançar a unificação pacífica com a cultura indígena estão diminuindo as pressões para encontrar um outro fluxo com grande vigor, propondo a exterminação cabal do Índio.
Proprietários argentinos que se alinhem com a ideologia do progresso, da ordem e da famosa superioridade de alguns homens sobre outros.
Mas quem são chamados de “homens” e que são “eles”?
Os homens, de acordo com essa ideologia, totalmente excelente, “eles”, obviamente, os outros índios. Também na época eram os gaúchos e preto, em uma palavra, diferente deles, não as pessoas físicas (sendo um escravo), mas etnicamente. Por quê? Porque essas raças diferentes nem sequer se assemelham ou pretendem aceitar os modos de vida europeu são invejados.
Não sendo branco significa sendo inferior e escusado será dizer que o índio não é apenas branco. E o homem branco é superior por ser civilizado, com tendência para a Europa e ter poder.
Esta pequena atitude humanitária e racista também eram naquela época, um modelo cultural, econômico e uma idéia indiscutível. Um modelo que prevaleceu em nosso país concebido por pensadores liberais cujos fundamentos e princípios são a intolerância, a injustiça ea violência. Quem diria que esses pensadores estavam vivendo e governando com base nas leis do país de Deus?
Este modelo de Estado, da sociedade e da vida, resultou na violência excessiva, foi necessário impor o uso.
“Vamos selar com sangue e vai derreter com o saber de uma vez por todas, esta nacionalidade Argentina, a ser formado (…) à custa do sangue e suor de muitas gerações.”
O progresso da nação sobre os índios marginalizados, logo se torna sagrado e altamente desejado em expedições, como a violência tornou-se uma ação legítima e realizado com facilidade quando na verdade teria que ser embaraçoso e causar arrependimento.
“Felizmente, o dia de pesar sobre eles a mão de ferro do poder da nação é de cerca de (…) selvagem dominado nos pampas devem ser tratados com rigor implacável, porque esses vilões incorrigíveis morrer em seu direito e só dobrar ferro … ”
Ele morreu em 1877 Alsina, e sucede para o cargo de ministro da Guerra, General Julio A. Roca, arquétipo de uma solução final. Este último nasceu em Tucumán.
Entre os dois, havia opiniões diferentes sobre como acabar com o problema do índio, por exemplo opinião Alsina que:
“Se tribos sucesso hoje levantou esfregar contra o
civilização vai procurar; se estiverem em conformidade com os tratados; em uma palavra, se eles, que só aspirava à satisfação das necessidades físicas, palpen melhorou seu modo de viver puramente natural, pode garantir que o cumprimento é inevitável (…) ”
Em vez Roca sustentou que:
“Forte disciplina fixo matar, dizimar as tropas, e pouco ou nenhum espaço dominar. Para mim, o mais forte, o melhor parede para fazer guerra contra os índios do Pampa e reduzi-los uma vez, é um regimento ou uma fração tropas dos dois braços, bem montados, que constantemente andam visitando as assombrações dos índios e aparesiéndoseles onde você menos pensar […] “.
Em suma Alsina apoiou a idéia de uma integração pacífica e que iria produzir a autorização dos índios para ser submetido. Cumprimento aos tratados, dar-lhes o que eles precisam e então não haveria nada na regra.
Rock, por outro lado, as armas argumentou que iria, mas de uma forma diferente. Forte, mas não postar, o envio de tropas montadas bem que tocas viajando.
Seria esta a melhor maneira de resolver os problemas culturais entre branco e índio?
Rocha teve como objetivo entrar no território indiano, destruindo comunidades que vivem nela ou empurrá-los para além do rio Negro.
Pontos, o novo ministro da Guerra, a Lei 215 de 13 de Agosto de 1867, de modo que a ocupação do Rio Preto e Neuquén e linha de fronteira sul com indígenas estavam disponíveis, incluindo também um artigo dizendo que o caso alguma tribo que resistiu a subjugação da autoridade nacional, em seguida, organizou uma expedição contra essa tribo para conseguir subjugar e dominar, ao sul do rio Negro e Neuquén.
Em 4 de outubro de 1878, a legislação nacional 947, com Avellaneda e Roca firme, forneceu os fundos para realizar a ocupação do deserto “, aplicação prévia ou expulsão”, disse ele na seção 1, os índios Pampa, a partir da quinta e Diamond Rio aos dois já mencionados, Rio Negro e Neuquén.
Eles enviaram, também, pequenos grupos vestindo e cansado de ir para os índios para quando a batalha final são totalmente renderizadas e quase nenhuma oposição.
A proposta deu resultados enfraquecer Rock e preparado para dar o golpe final, como eles tinham certeza de que os índios não seria capaz de resistir a um ataque desse tipo.
Finalmente começa, a “Conquista do Deserto”, em 1879.
Rocha A ação foi digno de ser aplaudido e admirado a partir de um ponto de vista militar.
Este portenho conquista contente de poder político.
(Consulte o Apêndice 2 °: “A Conquista do Deserto do ponto de vista do índio”)
Organizou-se (e, portanto, trabalhar) a conquista deste:
• Primeira divisão: Rock cahue vieram de 29 de abril de 1879, com cerca de 2.000 homens, dos quais eram soldados indígenas.
Triunfos pacificamente Choele Choel, a civilização venceu primeira divisão esta barbárie.
Liberal triunfo sobre o Índico.
• Segunda Divisão: era o comando de Nicolas Lavalle, cujo objetivo era Trauru – Lauquen. Ela consistia de 450 soldados, dos quais 125 eram índios.
Liberal triunfo sobre o Índico.
• Terceira Divisão: consiste de 1352 homens e comandada por Eduardo Racedo, com destino a Portahué.
Liberal triunfo sobre o Índico.
• Quarta Divisão: Napoleon Uriburu, estava no comando. Ele obteve melhores resultados. Ele terminou com 1.000 índios mortos e 700 prisioneiros.
Liberal triunfo sobre o Índico.
Os índios estavam desesperados para ver que a cultura ea corrida iria desaparecer a qualquer momento.
• Quinta Divisão: comandada pelo latifundiário Hilario Lagos começou sua marcha de Trenque -Lauquen. Consigió 629 prisioneiros.
Quais foram as consequências?, O que tem?
Uma.
2 ocupa a planície do rio Negro e Neuquén.
2 Designar Governador Patagônia.
Três.
4 Criar fortes que serviram de base para se tornar populações.
5 Recuperar 500 cativos.
6 Integrar prisioneiros indígenas às novas formas de vida.
Em outubro de 1880, ele foi eleito presidente Rock Nation.
Leia mais: http://www.monografias.com/trabajos6/inga/inga.shtml#ixzz3DhIGvV2H

4. “gaúchos: os marginalizados da política liberal”
O gaúcho
O gaúcho, ou campanha argentina, como era chamado, historicamente, era um, magro, homem alto e moreno. Viviam isolados da cidade por grandes distâncias.
Ele passa metade de sua vida na sela de seu cavalo e às vezes até come e dorme na cadeira.
Instintivamente odeia agricultura, indústria e tudo o que o obriga a trabalhar em pé ou sentado.
O gaúcho sempre foi visto como um preguiçoso, preguiçoso, uma vez que seu trabalho não vai demorar muito tempo e foi fácil e rápido.
Ele tinha um jeito de se vestir, o que mais tarde se tornou um símbolo da Argentina: o poncho. Moda européia queria destruí-la, mas levou muitos séculos para que seu uso foi abandonado.
Sua casa era uma cabana de juncos e ramos e não precisa de muito para viver.
Gauchos argentinos eram um povo viril e espontâneas. Eram homens civilizados (embora não os mesmos séculos tarde declarado) e livre, apesar de estar rodeado por ambiente primitivo e estilo de vida simples. Eles tinham um senso de constitucional nacional e amava acima de todas as coisas liberdades políticas e garante que mereciam. Além disso, eles queriam uma nação livre e poderosa.
Eles tiveram uma participação ativa nas guerras civis e lutas com os índios nas fronteiras e buscou para si uma ordem social.
A um para o outro lado do Uruguai, a partir do Delta del Paraná para as fronteiras do Brasil, Paraguai e do Atlântico para as margens do campanhas prolongadas, ou seja, os gaúchos de origem. A terra pertencia a todos, era impossível que o direito de propriedade privada chegou à região, como o gaúcho ocupava uma área cinzenta e nasceu com a idéia de que a terra não tinha dono. É por isso que era difícil entender como um homem tinha razão e da justiça de sua parte dizer que o gaúcho não tinha o direito de ocupar o deserto.
O gaúcho argentino viveu de forma totalmente independente: ele se afastou de seus pais em sua juventude e viveu animais que vagavam pelo deserto.
Direito civil ou política não se importava com ele, apesar de ser, de longe, membro de uma sociedade civilizada.
O gaúcho, tinha um temperamento, estava nervoso e inquieto. Caracteriza-se como simpático e hospitaleiro em casa e apenas em cumprir sua palavra. Fale com calma e suas palavras eram sempre escassas, confusas e astúcia.
A “campanha argentina” não reconhecido pelo serviço militar chefe ou emprestado a ninguém, a menos que você apoiar as idéias do líder, como era um homem livre e usou seu julgamento e provar completamente independente.
É sempre totalmente entregue à vontade de seu chefe, com alegria e otimismo e serviu a seu país com toda a sua força e orgulho do cidadão que tem fé no que faz e acredita que a obrigação de ganhar.
Sua filosofia era para servir o país e que o país esperava ser salva por seus soldados.
Evolução histórica do gaúcho:
A história do gaúcho decidiu dividi-lo em medidas que o tempo estava se tornando progressivamente ao longo do tempo.
O gaúcho ou campanha argentina, foi modificado a partir do nascimento. A seguir discute cada etapa até os anos liberais, onde a marginalização se aprofunda.
Período I: Para 1810
Os cruzamentos de classe resultou na formação de diferentes grupos raciais um do outro.
Por esta altura, graças a essas uniões raciais, nasceu no Rio de la Plata, um elemento social chamado gaúcho. Este personagem era um mestiço, ou seja, ele nasceu de pais de raças diferentes, era um piloto hábil para o gado.
Ele se tornou famoso por seu espírito de caridade. O gaúcho vivia lutando para defender as propriedades de seus senhores (como é vivida em um sistema feudal), onde os proprietários deixar o cultivo do solo e cuidados com o gado por parte dos trabalhadores, tentando pagar os impostos que soberana exigidos extorsão e apoiando seus empregadores.
Portanto, eu não podia sequer pensar em se estabelecer em algum solo e menos novas casas. Assim, então viveu nômade e sem quaisquer laços que o ligam à sociedade.
Período II: 1810-1852
Neste período, ou gaúchos Lutas Das envolvidos.
Segurando as guerras indígenas, defendendo sua terra e os exércitos reais para obter a nossa independência. Graças aos resultados alcançados a cada luta, deu ao país uma constituição e leis
Esses gaúchos, no último período de dominação espanhola, sofreu um impacto em suas atividades como o comércio de gado e limitaram suas oportunidades de trabalho habituais. A maior parte da cultura indígena foi dedicado ao contrabando e laticínios tarefas mais perigosas, que o deixou sem trabalho quando menos se espera.
Rosas assumiu o governo da província de Buenos Aires, em 08 de dezembro de 1829, confessando que seria apoiado pelo povo e não um seleto minoria rica.
Os gaúchos tornou-se um princípio orientador da empresa disponível para qualquer trabalho, que pela primeira vez juntou-se aos exércitos revolucionários e força os líderes federais. Essas atividades mostraram-se excelentes cavaleiros que lutaram de forma eficiente para a defesa das terras a que se sentia na obrigação.
A população total do país naquele momento e 600 mil habitantes, 27% foram abordados mestiços, ou seja, 162.000.
Apesar das diferenças raciais, típicos da época, a sociedade era igualitária. Ao contrário do que aconteceu no Alto Peru ou México, no Rio de la Plata, não havia nobreza intitulado e distinções foram baseadas no trabalho.
Além disso, o tratamento foi dado ao amado & UML; inferior, estava ensinando, sem ferir a sua dignidade pessoal. Esta era uma sociedade inclusiva não exclusiva.
Crioulo estadia tornou-se muito importante e o gaúcho foi usado por fazendeiros.
Período III: 1862-1880
“O gaúcho com os liberais”:
A era da era liberal foi marcado por escândalos e negócios de terras em que o governo distribuiu os melhores campos de impostos na província de Buenos Aires favorecendo os chefes de governo da cidade.
Buenos Aires estava passando por um período de progresso, crescimento e europisismo nacional yanquisismo onde o gaúcho e nossa terra natal foi perseguido e tratado injustamente. E perdeu a sua liberdade, independência econômica, o livre arbítrio, o seu espírito altivo, seu status como homens livres, o seu estabelecimento na terra do seu nascimento e ajudaram desmamar.
A classe social era gaúcho, pois, em seguida, condenado à morte pela falta de compaixão dos governos chamada “civilizada e culta”, cujo principal ideologias eram Mitre e Sarmiento. É sob a administração deste último, quando mais forte, perseguidos e aniquilados é o gaúcho. Por ordem dele, gaúchos prisioneiros foram enviados para a fronteira.
Sarmiento praticado antigauchesca uma política ilegal e desumano.
Dissemos anteriormente que o progresso era a lei da época, um sinal deste tempo. Progress leva nosso país para tentar imitar os poderes modelos países.
Como resultado a nossa terra deve ser preenchido com imigrantes de outras terras; trigo deve representar o cardo e palha selvagem; mas tudo isso deve ser feito sem a aniquilação do gaúcho. Mas os liberais são capazes.
Os defensores da cultura gaúcha argumentam que, se a terra era favores conquista indígenas por toda a República, é injusto que o gaúcho é a única luta para ele quando ele não é nem mesmo uma parte da terra. Então, os homens desta ideologia negar ao governo o direito de vender terras públicas, que são divididos por propor e entregues gratuitamente para aqueles que trabalham. Dar-lhe a oportunidade de não só gaúcho, para trabalhar a terra, mas também para se tornar um homem de progresso como o resto da sociedade.
Mas Mitre, Sarmiento e Avellaneda, ignorou a ordem e vendido gauchescos terras públicas, as autoridades da cidade e permanentemente aterrado no grande grupo
Da Argentina aristocracia. Esta política fará com que os homens progressistas 80 anos depois que o país tem 75% dos produtores que não possuem a terra em que trabalha.
Os liberais, a política com suas idéias românticas formado visavam eliminar a barbárie (gaúchos) e civilizar o país, colocando-o ao nível dos países avançados da época. Suas vidas, que até então eram baseadas na simplicidade tradicional em crioulo foram negligenciadas para escolher o modo de vida europeu. Luxo é parte do diário de Buenos Aires. Sendo assim, valorescambiados, porque a partir de agora, e admiração por terra tradicional e defesa da liberdade são chamados de Barbarie e os heróis que arriscam suas vidas para que a liberdade são chamados de bandidos.
O programa seguido por Sarmiento, Mitre e Avellaneda, caracterizou-se politicamente pela organização de um governo nacional forte e reconhecido como supremo e legítimo que era autoridade necessária:
• impor sua autoridade aos governos provinciais, terminando líderes federais.

• Estender a sua soberania sobre todo o território, acabando com as fronteiras internas que dividem as áreas dominadas por índios e brancos.

• Civilizing seguindo o modelo europeu ou americano

• incentivar a imigração para preencher o deserto, o processo civilizatório e acelerar o desenvolvimento econômico.

(Ver Apêndice 3 °: governar é povoar)
• Desenvolver a economia trazendo o capital estrangeiro.

Mas era necessário para atingir estes objectivos, destruir o gaúcho?
Não só o governo, os marginalizados, a empresa também teve um papel importante. O gaúcho foi designado como representante da barbárie; ser menos ignorante e bárbaro que tinha que acabar; personagem de quadrinhos para as pessoas para se divertir com suas ocorrências pobres e se perguntar o que é a cidade civilizada; e como sinônimo de atraso. Quando você realmente tem que haberselo ser visto e admirado por a essência da nacionalidade, a imagem do país hospedado nas planícies solitárias.
Na sequência destes marginalização e discriminação contra o gaúcho argentino, pelas obras da liberal e foram deslocadas, o gaúcho, por imigrantes, tornando-se, no conterrâneo gaúcho José Hernández, um federalista nascimento, escreveu um livro chamado: “O gaúcho Martin Fierro”.
O autor:
José Hernández nasceu na partida de hoje San Martin, Buenos Aires, 10 de novembro de 1834 Seu pai, Rafael pertencia a uma família federal; sua mãe era Isabel Avellaneda e pertencia por sua vez a uma unidade familiar.
José Hernández, foi desde muito jovem aos cuidados de seus tios maternos, quando seus pais foram para o campo para trabalhar para manter-se propriedade de Juan Manuel Rosas.
Em 1840, com a grande unidade de repressão rosista, seus tios (unidade) emigrou para o Uruguai e, em seguida, ele foi, por seu avô paterno José Hernández Plata (federal).
Por causa de uma dor no peito, encontra-se com seus pais em um quarto, e de lá ele começou a sentir um grande amor para o campo, onde viveu vários e ficaram a conhecer os seus mistérios. Ele foi relacionado para o gaúcho argentino e ouviu a dor eo sofrimento dela. Foi assim conseguindo um personagem raro em Buenos Aires. Tornando-se quase um gaúcho da.
Quando ele cai Rosas e Lavalle está às portas de Buenos Aires grupos gaúchos e soldados pelas ruas da cidade, mostrando seus rostos e inspirando um terror geral.
Depois da queda deste homem admirado por os gaúchos, José é separado de seu pai e se interessou por problemas políticos abundam Buenos Aires após a Batalha de Caseros.
Enquanto no Paraná, trabalhou em “A reforma pacífica”, uma confederacionista federais e diária. Este jornal estava lutando mitrisismo.
Diz-se que José Hernandez escreveu no jornal “El Nacional Argentino” Duas composições gauchescas sob o pseudônimo de Juan Barriales, intitulado: “A cielito atureterao visa Aniceto do cru” e “Little Sky Light dedicada ao exército que invadirá Güenos Aires “.
Na Batalha de Cepeda, José Hernández luta como capitão, mas ser derrotado por Urquiza, ele se aposentar do exército. Ele, então, envolvido em jornalismo, “El Argentino”.
A 08 de junho de 1863 casou-se com Carolina González del Solar. Em Buenos Aires fundou o jornal “El Rio de la Plata”, e está determinado a opor-se por Sarmiento, o seu adversário. Este jornal parece ser uma prévia do que será o Martín Fierro. O jornal sai por oito meses.
A 28 de novembro de 1872, o seu poema mais importante intitulado “O gaúcho Martin Fierro” é exibida.
Em 1879, foi eleito deputado federal e publica “O Retorno de Martin Fierro”.
Em 1881, ele publicou “Instrução para Estanciero” e em 1885 foi eleito senador.
A 21 de outubro de 1886 morreu em Belgrano.
O trabalho:
Martín Fierro, na opinião de alguns críticos não é um homem, mas uma classe, a raça, quase uma aldeia. É um momento de nossas vidas, é o espelho de nossos costumes e crenças, vícios e virtudes. O gaúcho Martin Fierro está lutando contra aqueles que pensam que são superiores na sociedade e continuamente tendem a oprimir, esmagá-la e hogarlo. Este trabalho é a imagem da vida expressa na campanha músicas é o protesto gaúchos contra as injustiças que o assombram, ea queixa contra aqueles que tentam todos os dias para governar e legislar sem conhecer as necessidades do povo. Muito parecido com hoje.
Martín Fierro é a mais conhecida da nossa literatura e trabalho Argentina. Embora o mundo de Martín Fierro, morreu e foi no passado, embora nem mesmo a língua perdura até os dias de hoje, apesar de quase ninguém pensa do gaúcho e seu modo de vida, este nenhum trabalho foi esquecido. É muito típico da Argentina e da nossa terra e que é a causa pela qual esperamos nunca é esquecido.
Martín Fierro é uma forma usada em 1872 para levantar questões sociais e de sensibilização para o tratamento injusto do gaúcho. É uma figura-chave no processo argentino de crescimento e evolução do país.
O que tem essa poesia diferente do resto dos outros poemas gaúchos é que o autor, José Hernández, tendo escreveu, acima de tudo, a sorte de ter tido a experiência pessoal do que é viver na campanha de saber quais são os sofrimentos do gaúcho e compartilhar com eles seus hábitos mais íntimos e conversas típicas.
O “Martin Fierro” não amava apenas pela afinidade que forneceu seu personagem (o gaúcho Martin Fierro), mas também pela sua linguagem (gaúcho), e as questões sociais e políticas que afetam os setores populares e rurais. Mas isso não foi visto igualmente por aqueles que tentaram organizar um país europeu que sim, porque, como vimos, era necessário para eles, o gaúcho estava morto e enterrado.
Nós, então, expressar através deste trabalho que é tão preciso quanto qualquer outro documento histórico, o tratamento sofrido pelo gaúcho no período analisado neste trabalho. Vamos levar fragmentos do poema para observar a vida e que ele tinha sofrido.
O problema central da peça, a nosso ver, foi a censura, ou a falta de liberdade que recebeu o gaúcho de decidir e expressar a sua vontade:
“Para mim, o juiz tomou-me em seus olhos.
Na última votação
Tornei-me um preguiçoso,
e eu não ficar ao meu lado nesse dia.
E ele disse que eu servido
a oposição. ”
Martín Fierro é um bandido gaúcho disse ter cometido crimes políticos. Gaúcho não quer votar por tirando sarro de sua decisão e ser assombrado por toda a sua vida, não:
“Ele sempre vai fugindo,
sempre pobres e perseguidos.
Como se amaldiçoado;
Porque ser gaúcho … Barajo!
O ser gaúcho é um crime. ”
Martín Fierro é contado como a vida de um jovem gaúcho comum em suas primeiras canções e de repente muda o seu destino para se tornar um gaúcho – um soldado lutando na fronteira:
“Eu tive o meu pagamento no tempo,
crianças, finanças e mulheres;
mas comecei a sofrer.
Eles me jogaram para a fronteira,
E ele iria encontrar a volta!
Eu só encontrei o barraco. ”
O gaúcho foi enviado em quase todos os casos para a fronteira para lutar contra o índio e Martín Fierro também se encontrou lá os sofrimentos e as experiências acumuladas como o resto dos gaúchos:
“Cantar era uma vez
em uma grande diversão.
E ele aproveitou a oportunidade
Como é que o magistrado:
foi arquivado, e que não mais
baixou fizeram um montão “.
“Quando mandei
mais promessas do que um altar.
O juiz Qui-nos a proclamar
E nos disse muitas vezes:
“Meninos aos seis meses
eles vão revelar. ”
Conforme expresso em suas canções Martín Fierro, a fronteira era um lugar confortável nem merecedero e muito menos digno de ninguém. Ele viveu lá situações tristes porque eles foram abusados ocupacional especialmente maltratado por seus superiores, que acreditavam o suficiente para lidar com a autoridade e extorsão. Eles estavam sujos, pouco e mal alimentados. Eles tinham mais a perder do que a sua própria vida:
“No início, foram deixados
de aumentar a gordura preguiçoso;
mas depois … não me atrevo
dizer o que aconteceu …
Barajo! … Se tentássemos
como malevos guloseimas. ”
Escusado será dizer que o gaúcho não foi pago um centavo pelo trabalho que fez e do esforço que ele exigiu:
“Eu semeei primeira trigo.
E então eu fiz um curral.
Cortei um pa adobe lama.
Fiz um churrasco, corte de palha …
O diabo trabalha
sem ser o inferno rial para fora “.
“É o pior que enriedo.
Isso se alguém anda um inchaço lombo,
estava iluminado como uma vantagem …
Quem perseverar até o inferno!
Se isso é servir o governo.
Eu realmente não gosto de o fazer. ”
Como mencionado acima, o gaúcho era a fronteira para lutar contra o índio. Na poesia, Martín Fierro fala dos sofrimentos que suportou nos combates, e quão difícil era para lutar contra os índios, não apenas pelo que eles eram selvagens, mas pela falta de ter as ferramentas e armas gaúcho propício ao confronto :
“Mais do que um ano, tivemos
nesses trabalhos difíceis.
E os índios, eu lhe asseguro
Dentraban quando queriam:
Como não processar,
estavam sempre sem problemas. ”
“Eles deram os braços em seguida.
Pa ‘defender os cantões
eles eram lanças e bronze,
com laços com o toque …
não o jogo da história
porque não havia munição “.
“Eles sabem lidar com bolas
naides são tratados como:
Como ele se move para longe, pelo contrário,
envia uma bola perdida.
E se chegou, sem vida
Claro que ele deixa. ”
Segundo relata o gaúcho tradicional Martin Fierro estava indo para a fronteira não estava orgulhoso do que eles fizeram e só pensava em voltar para suas fazendas para atender a seus filhos e suas esposas.
“E nós andamos encardido,
deu-nos o horror look.
Juro que foi uma dor
ver esses homens, por Cristo!
Na minha vida eu vi cadela
maior miséria. ”
“Eu não tinha camisa
nem nada parecido;
minha única trapos pa estopa
Eu poderia servir ao propósito …
nenhuma praga como um forte
para o homem a sofrer. ”
Era necessário para converter a atividade e serviço na fronteira com?, O sacrifício era necessário fazer um esforço serviço do governo?, Por que não fornecer as condições necessárias para o gaúcho orgulhoso poderia ajudar o seu país?
“Poncho, jargões, a implementar,
os prenditas, botões.
Tudo amigo, nos cantões
Qui lento.
Eu já tinha meio louco
pobreza e ratos. ”
“Isso não era serviço
ou defender a fronteira;
este era ratoeira.
Isso só ganha juerte;
Tive a sorte de jogar
Com uma taba garupa. ”
“Meses se passaram ANSI,
e veio no ano seguinte,
e coisas afins.
Eles seguiram o modo MESMO.
Tudo parece propositadamente
Pa ‘atormentando as pessoas. ”
Por que usamos o trabalho “O gaúcho Martin Fierro para descrever o destino típico dos gaúchos?
Porque, como dissemos anteriormente, este trabalho é “espelho dos nossos costumes e crenças […] é a luta gaúcho contra aqueles que pensam que são superiores na sociedade e continuamente tendem a oprimir …” e este livro é exatamente o que estava acontecendo no momento.
Além disso, porque o autor José Hernández, ele deriva a sua imaginação de cada história, mas graças aos seus anos vivendo na campanha e graças a milhões de músicas que ouviu enquanto lá, poderia acreditar numa história que apesar de não ser totalmente sincero era um cem por cento realista.
5 Conclusão
Nós achamos que a política liberal não é o caminho certo ou a um modelo mais correta e menos. Concordamos que o país tinha na época a obrigação de crescer (até hoje ele é acusado não se tornar uma potência), e nós concordamos com o desenvolvimento obrigatória do país. Concordamos também com os governantes liberais que o gaúcho e indianos eram um obstáculo para o crescimento desejado. Mas era necessário matar esses números que, embora impediu o desenvolvimento cultural, econômico e social do país eram tão latifundiários como civilizados? Não, e não estamos de acordo com esse aspecto da política liberal. Los desaparecer foi a única, nem a melhor solução. Além disso, ele não foi dado o gaúcho nem a possibilidade de índio civilizado. Seria uma questão de tempo?. Nós não sabemos, mas a verdade é que os membros desta ideologia liberal também provou que alternativa. Eles estavam com pressa para fazê-los desaparecer e criar seu país “europeu”. Nós, então, duvido que tivesse sido possível integrá-los na sociedade.
Anexo 1:
“Política indianos organizados pelos Reis Católicos”:
A pouco menos de sete anos após a descoberta Corona define um descobridor indígena, religiosa e política, condensada nas instruções dadas em 16 de Setembro de 1501 a comendatário Fray Nicolás de Ovando, […] Nestes estados que os índios “ser bem tratado como nossos assuntos e vassalos, “[…]” para se tornar nossa santa fé católica e suas almas a serem salvas “[…] o mandamento de” fazer sem eles fuerzaalguna “o relatório religiosa e admoestar “com muito amor, para que você possa tornar-se mais rapidamente, e para isso você vai dar toda a ajuda e apoio que é necessário …”
A 20 de março, 1503 foi emitido, […] um conjunto de instruções “para o governador e reais oficiais do governo das Índias”. Primeiro contendo um plano concreto de ação. Eles começam por afirmar que “para que ele atenda a salvação de armas dos ditos índios … preciso … são distribuídos nas cidades vivem com justiça, e que alguns não são e se afastar do outro nas montanhas e que há cada casa habitada por sua esposa e terras, em que estilo e semear e criar gado, e que em cada aldeia, que estão lesionados, têm igreja e capelão que tem o encargo de doutrinar e ensinar em nossa Santa Fé Católica, e da mesma forma cada lugar tem uma pessoa conhecida em nosso nome tem a seu cargo o lugar assim que o que você atribuiu, e os moradores de ele, que está na justiça, e não consentirá não fazer o mal ou dano à sua pessoa ou em sua propriedade, e para tornar os índios servir nas coisas cumplideras para o nosso serviço. “Foi combate nomadismo na forja indiano um sentido de solidariedade social, a uma sensação de casa, com o consequente fortalecimento da família e da elevação das mulheres […]
Ela afirma que ambos os funcionários e pessoas responsáveis pelos cuidados dos povos indígenas não deve concordar com os índios ou vender sua propriedade e herança contato com os cristãos em troca de contas ou coisas semelhantes de pouco valor, mas “a preços justos ou tocándoselos roupas para vestir, o quanto eles valem a pena e que eles vendem. “Todos os meios devem se preocupar que natural para vestir “e andar como homens razoáveis.” “ADENDO enviar o governador disse – continuam diciendo- então tem que fazer em cada uma dessas populações e, juntamente com essas igrejas – cuja construção foi ordenada em cada aldeia – uma coisa que todos eles se reúnem todos os … duas vezes por dia, para que haja o capelão, disse o mestre de ler e escrever e santiguar, e assinar e confissão eo Paternoster ea Ave Maria eo Credo e Salve Regina “.
Primeira evangelização aparece intimamente ligada à instrução, a difusão da fé católica com o desenvolvimento da cultura intelectual […]
Tão intenso é o desejo dos reis para esses planos são feitos, sendo realizada a recomendar ao governador “, que alguns cristãos também procuram se casar com algumas mulheres indígenas e mulheres cristãs da Índia, porque nós dois comunicar e ensinar, ser doutrinados nas casas de nossa Santa Fé Católica, e também como trabalhar em seus campos e entender suas propriedades e os ditos índios e homens e mulheres de razão indianas “são feitas.
Tomado de Vicente Sierra, Argentina História, Volume 1 (1492-1600).
Anexo 2 °:
“A Conquista do Deserto do ponto de vista do índio”:
Buenos chefes, irmãos e guerreiros: A huinca [Blank] ladrão e patife-nos mais uma vez ameaça trazer a guerra para aproveitar nossos Mapu [terras], o nosso Cullin [Haciena].
Se tirar o que mais queremos, para onde vamos parar? Como podemos viver? Quanto tempo temos de suportar a insolência do intruso escondido atrás de sua tralcas e impiedosamente nos mata? Eles não têm um deus, como fazemos para iluminá-los a pensar e fazê-los compreender a injustiça cometida? Não somos talvez os homens como eles? Não tem famílias, mulheres, crianças e idosos que não podem se defender e tem que sofrer a guerra que nos fazem? O nosso dia torna-se cada vez mais sorte adversa. O huinca a aparecer para não lidar com a gente. Será que pehuenches nossa culpa que huiliches, salters e torná-los ranquilches raids? Temos feito ultimamente Puelches uma incursão no huincas cidades? Não temos dedicado o nosso trabalho criação de ovelhas e gado, avestruzes e guanacos nosso boleando viver sem exigir a huinca, como fazem aqueles conterrâneos, qualquer tipo de ajuda? Então, por que nós queremos exterminar a huinca?
Mas compreende-se a sua intenção. Ele quer roubar nossa terra e forçam as pessoas a trabalhar em seu benefício. Ele quer tirar a nossa liberdade, eles querem encurralar contra nós fora do nosso alcance e os campos onde os nossos pais nasceram, nossos filhos e nossos netos nascer.
Discurso PEHUENCHE grande guerra cacique Purrán no parlamento feitas na planície Ranquilón em abril 1879.
Em Ricardo Alvarez, The Vanishing Purrán; citado por Curruhuinca – Roux, os massacres de Neuquén. Mapuche Chronicles.
Anexo 3 °:
“Governar é povoar”:
Como, por que, no futuro, o espírito vivificante da civilização européia para nosso solo? Como veio em todas as idades: a Europa vai trazer seu novo espírito, seus hábitos de indústria, suas imigrações práticas civilização que nos enviar.
Todos os europeus que vem para as nossas costas nos traz a civilização nos seus hábitos, em seguida, comunicar aos nossos residentes, muitos livros sobre filosofia. […]
Não queremos que os hábitos de ordem, disciplina e indústria prevalecer em nossa América? Llenémosla os nadadores pessoas que possuem esses hábitos. Eles são comunicativa; próximo industrial europeu americana industrial logo se formou. A planta não espalhar sementes de civilização. É como vinhedo é composto por sangue.
Esta é a única maneira que a América deserta hoje, torna-se um mundo opulento em breve. Jogando sozinho é meio muito lento.
Juan Bautista Alberdi, Bases, p. 52.
Governar é povoar no sentido de que preencher é educar, melhorar, civilizar, enriquecer e ampliar de forma espontânea e rapidamente, como aconteceu nos Estados Unidos.
Mais civilizar através população deve fazer com pessoas civilizadas; para educar a nossa liberdade na América ea indústria devem preencher Europa com populações de mais avançado na liberdade e na indústria, como nos Estados Unidos.
Juan Bautista Alberdi, Páginas explicativo, Paris, 1873.
6 Bibliografia
• Bustinza, Juan Antonio; Story 4: Instituições americanas: hispânica e colonial. Sociedade e Economia;
AZ Editorial; 1993.
• Cianmi, Maria Irene; Luzes, câmera e literación; Editorial S.r.l Study Club; 1994.
• De Paoli, Peter; Os motivos de Martín Fierro; Ciordia Editorial e Rodriguez; 1957.
• Gorostegui Torres Hayde; Os novos proprietários do deserto; Center for Latin American Publishers; 1980.
• Hernández, José; Martín Fierro; Editorial Nevimar S.r.l; , 1967.
• A História da Literatura Argentina; Núcleo de Editoração da América Latina; , 1967.
• Carlos Martinez; Nossos índios compatriotas; Emecé editorial; 1993.
Rosa, José María; Argentina História, Volume 4; Editorial Oriente S. A; 1970.

Autor:

Daniel Adaro
 

LAGES NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA

Nesta seção será apresentado artigo de Jornal referente a cidade de Lages na sua participação da Revolução Farroupilha.

LAGES NA REVOLUÇÃO FARROUPILHA
*Paulo Derengoski

Em 1835, no Rio Grande do Sul se levantou em armas contra o Império, proclamando a República De Piratini. Em 9 de março de 1838 uma coluna sob o comando de Mariano Mattos invadiu Lages e foi bem recebida pela população. Mas a reação monarquista não se fez esperar através de um bloqueio econômico de sal e gado.
Como resposta, a 10 de março de 1839, a República foi proclamada em Lages por Antonio Inácio de Oliveira com o apoio do cel. Serafim Muniz de Moura. Assim, a República Lageana é anterior à República Juliana em Laguna!
Uma das primeiras medidas dos republicanos foi dividir o município serrano em cinco distritos: Bugres, da Vila, da Ilha, Pelotinhas da Coxilha Rica e Curitibanos.
Mas em 15 de novembro de 1839 o ousado capitão monarquista Candido Alano retornou a Vila e iniciou uma repressão implacável. E no sul do Estado os imperiais já haviam esmagado os julianos, obrigando-os a subir a Serra.
À frente dos farrapos derrotados vinha Giuseppe Garibaldi, Anita e o capitão Teixeira Nunes. Além do intelectual italiano Rosseti.
Na região do Passo de Santa Vitória, no Rio Pelotas, em 14 de dezembro teve ligar o mais sangrento combate que Lages já conheceu.
Garibaldi e Teixeira Nunes cercaram a Divisão Imperial de Xavier da Cunha e a massacraram em combate corpo a corpo e a cavalo. Dias depois os farrapos voltaram a Lages, entre flores e festas. Mas os gaúchos cometeram o erro estratégico de não mandar reforços e em 12 de janeiro de 1840, no Arroio Forquilha, no Capão da Mortandade, os republicanos foram destroçados. Cinco oficiais e 66 soldados morreram.
Garibaldi, Teixeira Nunes, Anita e Rosseti empreenderam uma retirada tática, indo bater em, Vacaria, onde se juntaram os farrapos. E em 19 de abril de 1840, o general Labatut (“O Lava Tudo”), entrava em Lages com mais de mil homens e dava um banho de sangue.
Queimou bandeiras e quebrou lanças farrapas. Passou o “lenço colorado” (degola) nos resistentes. Mas Lages entrou para a história como a primeira República catarinense. E hoje suas azaléias são mais vermelhas pelo sangue derramado nos verdes campos das coxilhas…
Em 19/04/1840 o General Labatut (O Lavatudo), entrava em Lages com Anita, Joseph, Rosset e Teixeira Nunes, com mais de 1000 homens e deu um banho de sangue. Queimou bandeiras e quebrou lanças farrapas. Lages entrou para a história como a 1ª República Catarinense.
* Paulo é Escritor e Jornalista.
Fonte: Jornal Correio Lageano, Quarta-feira, 05 de março de 2003. p.2.

Fonte: Jornal Correio Lageano, Quarta-feira, 05 de março de 2003.

ANTÔNIO INÁCIO DE OLIVEIRA FARRAPO LAGEANO

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

ANTÔNIO INÁCIO DE OLIVEIRA FARRAPO LAGEANO

Felipe Reis
Historiador, Professor Especialista em História do Brasil: Economia e Sociedade

A Revolução Farroupilha, peja na aplicação da doutrina liberal e seu antagonismo com a democracia e a autocracia, colocando os farrapos como continuadores dos princípios da Assembléia Constituinte de 1823.
A insurreição aguerrida marcial da confraria oligárquica do Rio Grande do Sul contra o governo imperial, que ficou popular em nossos vade-mecum como Revolução Farroupilha, foi uma reação da casta dirigente da elite de grandes latifundiários gaúchos, com o objetivo de defender seus privilégios, ameaçados pelo governo central do Rio de Janeiro.
A revolução, deflagrada em 1835 e encerrada em 1845, dez anos depois, com o acordo de Bento Gonçalves, com Rio Branco, que agregava as patentes dos oficiais da milícia, a oficiais do exército imperial; o que demonstrou claramente que os fazendeiros do Rio Grande do Sul já eram, no início do século XIX, uma corporação suficientemente coesa e pujante para enfrentar o governo imperial.
Com o passar do tempo, a lembrança da chamada Revolução Farroupilha foi sendo aproveitada, pelas sucessivas coligações políticas e nos mais variados momentos, como um contexto ideológico na defesa de seus interesses. De modo que a realidade e/ou fato histórico ficou muitas vezes encoberto.
Na proposição de uma discussão historiográfica, trazemos à tona um esquecido da história dos farrapos, Antônio Inácio de Oliveira, um lageano líder do levante de insurrectos farroupilhas, no Planalto da Serra Catarinense, sob o comando de Teixeira Nunes. Tão pouco comentado pela história, acabamos por ter contato com este personagem real da história do Termo de Lages e suas adjacências/limítrofes, quando nos deparamos com documentações que expunham a presença deste revolucionário na Freguesia de Nossa Senhora do Patrocínio de Baguáes – Campo Belo do Sul.
Fato inusitado no momento em que pesquisávamos documentos inéditos sobre o período imperial brasileiro e escravidão em finais do século XIX na região, quando encontramos documentos que fazem menção a este cidadão lageano sob o comando de Teixeira Nunes. Onde este segundo documento estaria responsável pela escolta e passagem de algumas pessoas vindas da Laguna e, fariam à travessia do Rio Pelotas; a travessia deveria ser feita pelo caminho de mais curta duração de caminhada, facilitando este comando, pelo bom contato que o maçom Antônio Inácio de Oliveira, possuía com fazendeiros da Freguesia de Nossa Senhora do Patrocínio de Baguáes.
Coincidentemente ou/não, a Freguesia de Nossa Senhora do Patrocínio de Baguáes, hoje município de Campo Belo do Sul, foi chamada de Antônio Inácio em um período posterior, em homenagem a este lageano. Em atividade de pesquisa campal no cemitério local da Freguesia Bagualense, cemitério que data de fins do século XVIII, em levantamento arquitetônico iconográfico cemiterial, como intitulamos esta melindrosa atividade, descobrindo entre outras coisas um túmulo confeccionado pelo artista plástico mundialmente conhecido, mas esquecido no Brasil, Agostinho Mallinverno e assinado pelo próprio, também um túmulo antigo onde apenas existe a iconografia de um ramo de acácia em seu epitáfio, um possível indício de ser este um maçom, ali sepultado.
O questionamento é porque um túmulo sem qualquer outra identificação pessoal? E porque Antônio Inácio de Oliveira foi esquecido com o desenrolar da história que permeia os farrapos? Mistérios que talvez nunca sejam desvelados, mas que fazem parte do imaginário e das fontes primárias desta história ainda por se fazer de Lages e circunvizinhanças.

Poema Circular

Não,
não me procurem mais
no meu velho endereço lá no campo.
Eu estou me mudando,
eu estou de mudança
estou mudado.

Compreendam:
no meu velho endereço lá no campo
só me havia ficado o coração
– já menos moço para os frios de agosto,
– para os ventos parados do verão.
O resto:
braços, pernas,
mãos, tronco e cabeça –
há muito tempo pagava fretes
num caminhão de carga que os trazia
pela fita do asfalto,
de um a um.

Claro,
vim aos pedaços,
como resistindo.
E quanto resisti!

Partido,
repartido,
a metade de lá chamava a outra
que tinha se mudado para aqui.

Eu ia.
e no meu velho endereço lá no campo
estava a bombacha vazia
(no espaldar da cadeira
e o como é triste a bombacha vazia de seu dono!)
E o chapéu sem cabeça, nos cabides,
um lenço colorado sem pescoço,
as botas paralíticas
junto ao penico de louças, sob a cama,
– o meu jeito de andar perdido delas.

Não,
não me procurem mais
no meu velho endereço lá no campo.
Eu estou me mudando,
eu estou de mudança,
estou mudado.

Trouxe nas malas anos de recuerdos:
as esporas do avô, um mango retovado,
uma franja de pala, um barbicacho,
um estribo sem loro, uma cambona,
uma panela com terra,
um boizinho de argila, que não berra
e um cavalo de ventos para andar.

Tudo isso nas malas!
Elas que são o avesso da gente,
porque são íntimas de nós,
e nos carregam.

Não,
não mandem mais
a meu velho endereço lá no campo:
livros de versos, discos e romances,
revistas e jornais.
Nem aviso de amigos que morreram,
nem notícias de netos que chegaram
como o menino Jesus, pelos Natais.

Tudo isso:
– vinho de alma, pão para a matéria –
tem um novo endereço de remessa:
uma casa de brisas e tijolos
numa cidade que eu amei depressa
pelas raízes campeiras, que ainda encontro
nas ruas de seus bairros e travessas.

Ah, quanto cantei
– de alma limpa e boa boca,
em salmos e protestos e orações –
o meu terrunho onde deixei plantado
o que tive de melhor no coração!

Um dia, os que virão
hão de saber que estanciei por lá,
nessa casa amparada por retratos
que vigilam na sombra como guardas
de uma herança que eu não sei quem herdará!

Na casa,
fiéis como esses gatos que não mudam
embora se mude o dono e vá-se embora,
estarão os meus livros e a vitrola
para falarem por mim – pelas cantigas…

E assim me hão de encontrar os que saudarem
nos portais do terrunho, ó Ó de casa!
Que no meu tempo escancarava portas
e abria corações para os andantes.

Não,
não me procurem mais
no meu velho endereço lá no campo.
Eu estou mudado,
eu estou de mudança,
já mudei!

Autor: Apparicio Silva Rillo

NA INVERNADA DOS FARRAPOS

Na *Invernada dos Farrapos, há um cerro com vista longa,
Onde a batida da milonga é plangente nos corações!
Estandartes, pavilhões, em trapos, porém fulgentes,
E a alma da nossa gente tremulando nos brasões!

Capão grande, guarnecido por canelas e pinheiros,
Dentro dele um potreiro e taipas feito trincheiras;
Muita caça, gado alçado e pra fome de liberdade,
A honra e a fidelidade pra com as cores da bandeira!

Garibaldi e Teixeira à frente dos lanceiros negros
Dando a vida pelo apego e por um ideal na guerra!
Centauros brotam da terra e um brado forte proclama
A República Lageana, nos altiplanos da serra!

Ginetes das serranias, fortes como *Bois de Botas,
Entre varzedos e grotas, do império não foram escravos!
República fez-se em Lages! Glória no Santa Vitória!
Enaltecendo a história e a altivez de um povo bravo!

Nestes rincões de Anita, velho chão de todos nós;
A fibra dos bisavós foi legada à descendência,
Viva no modo e na essência – austeridade de um povo –,
Mas que peleia de novo na defesa da querência!

Na invernada dos farrapos, algum fantasma guerreiro,
De um boleador e lanceiro, que não sabe que morreu,
Cuida a linha do horizonte, que vem do *Santa Vitória,
Com invisíveis esporas nas horas santas de Deus…

Quem apeia pelo capão e longe alcança a vista,
Passa a alma em revista, e vê gaúchos em trapos!
Sentimento irretratável, que persiste ao tempo novo,
Dorme a história do meu povo na invernada dos farrapos.
*Invernada dos Farrapos: Nomenclatura dada a uma área de campos na localidade da Coxilha Rica, município de Lages SC, local de acampamento e combate das tropas republicanas, contra as tropas imperiais, durante a Revolução Farroupilha.
*República Lageana: simpática a causa republicana a região dos Campos de Lages, participa ativamente contra as forças imperiais, sendo proclamada no ano de 1839 a República Lageana.
* Bois de Botas: Elogio dado por Davi Canabarro ao destacamento de lageanos pela demonstração de força ao desatolar pesados canhões de um banhado.
* Santa Vitória: Passo no Rio Pelotas entre SC e RS onde se travou combate com vitória dos republicanos.

Melodia de Érlon Péricles, Cristiano Quevedo e Elton Saldanha – 3º Lugar e melhor tema sobre a região serrana Sapecada da Canção Nativa Lages SC
Ramiro Amorim

MULHER SERRANA

MULHER SERRANA

Autor: Ulisses de Arruda Córdova

Origens!? Diversas descendências…
Bem diferentes nas fisionomias
derivando de múltiplas etnias,
como a que veio dos Açores
(amantes da paz e flores)
que chega à Laguna pelos ventos
sobe pela estrada dos conventos,
e fixa-se no planalto e arredores.

Também paulistas e bandeirantes
de outras regiões lusitanas
trazendo escravas africanas
vem para os rincões serranos
repelir invasores e castelhanos;
Porém se a estrangeira madruga
aqui já estava a nativa bugra
vivendo entre povos haraganos.

“Da miscigenação destas raças”
nasce o perfil da mulher serrana
definindo o fenótipo que emana
o amor à terra e a liberdade;
ensimesmada em mística bondade
faz história na solidão da prece,
no anonimato luta, fia e tece
mimetizando no labor a sensibilidade.

REVOLUÇÃO FARROUPILHA EM LAGES

No dia 11 de março de 1839 era solenemente Proclamada a República em Lages. Logo esta agradável notícia chegou ao governo Rio-grandense. O Presidente da República enviou aos lageanos a seguinte Proclamação:

PROCLAMAÇÃO AOS HABITANTES DE LAGES
Lajeanos !
“A notícia da generosa cooperação que prestastes às armas Republicanas foi ouvida pelo povo rio-grandense com expressão do reconhecimento e do entusiasmo. A república vos pende por tais feitos, sinceras ações de graças. Irmão! Correi a nossos braços: não sereis certamente dos últimos a despregar as vexações e arbitrariedade; a dar aquele grito sempre pavoroso aos tiranos da popular liberdade! Já os bravos paulistas fazem tremular aos olhos dos seus opressores aquele pendão sagrado: cinco de suas principais vilas tem vingado nos escravos de um coroado déspota dezesseis anos de vexações e arbitrariedade; os briosos catarinenses escudados por nossas vitórias falanges não tardaram a imita-los; o Ceará e Sergipe encetaram a majestosa carreira da resistência as infame governo que os maltrata; o Maranhão se dispõe e se prepara para tão honrosa empresa; o Pará e a Bahia juram sobre cabeças ensangüentadas de seus numerosos filhos sacrificados à vingança do partido lusitano. Renasceram de suas ruínas mil vezes mais formidáveis; o vacilante império brasileiro corroído dos vícios, próximo a uma estrondosa bancarrota, prestes a sucumbir ao peso ingente de uma enorme dívida pública, devorado pelas facções que o dilaceram, este edifício monstruoso de corrupção e de crimes, insensivelmente se desmorona, e parece cair por toda à parte. Ora pois, lajeanos, às Armas! Fazei tronar em meio de vossas montanhas o brado glorioso da vossa emancipação absoluta; despedaçai o injurioso grilhão do despotismo, e cheios de indignação lançai-o à cara. Que podeis recear contando-nos a nós e aos nossos poderosos aliados em número de vossos amigos? Vossa posição geográfica vosso caráter vossos hábitos e usos concorrem a irmanados liguemo-nos para sempre em anel firme sejamos um e o mesmo povo, que todos os homens fez livre não deixará, porque é justa de abençoar nossos esforços e de fazer prosperar nossos esforços as Nossas Armas.”
Dada residência Presidencial de Caçapava aos 21 de março de 1839.
– 4º da independência e da república – BENTO GONÇALVES DA SILVA.

“Depois de proclamada a república em Lages, começaram as forças revolucionárias que lá se achavam, a lançar suas vistas para o litoral catarinense. O lageano Serafim Muniz de Moura e cento e poucos homens de cavalaria da guarda nacional da mesma vila aproximaram-se de Laguna fazendo conter o progresso do inimigo”.
No combate da Guarda de Santa Vitória, município de Bom Jesus-RS, a 14 de dezembro de 1839, o herói republicano de Lages benemérito Tenente Coronel Antônio
Inácio de oliveira Filho, depois de triunfo quase completo, morria com um tiro, quando penetrava no entrincheiramento do inimigo.
Este combate realizou-se numa porteira seguida de taipas, que noutros tempos servira de registro das tropas. O destemido Comandante José Garibaldi entrou à testa com seus marinheiros, e os constantes lageanos pelo flanco esquerdo do inimigo, e as duas companhias do 4º Batalhão de comando do Major Inácio Peixoto carregaram porção pelo flanco direito. Quando chegado o momento do ataque, lançou-se o inimigo porteira adentro e carregou com tanto ímpeto sobre a cavalaria imperial que formava na retaguarda da infantaria, que súbito foi visto debandar-se em precipitada fuga. A ação deste modo decidida em favor das Armas Republicanas e o dia 14 de dezembro não serão esquecidos na história de nossas vitórias: foram fatores decisivos da sorte futura da província de Santa Catarina.
“Os catarinenses, estes homens que se entremeavam num ataque de cavalaria, não deixando nada a desejar”. Este pressuposto denota que este combate que caracterizou a bravura dos lageanos e catarinenses.
Retirado da cópia fiel das comunicações do chefe Farroupilha Coronel Joaquim Teixeira Nunes à Bento Gonçalves e a Antônio de Souza Neto.
Informações obtidas através do Gen Leandro da Silva Vieira, Guarda Nacional / Lages-SC / Mário Arruda década de 80.

LENDA DO BOI DE BOTAS

Boi de Botas: Por razões históricas, os lageanos receberam a alcunha de “Boi de Botas”. Durante a Guerra Farroupilha, uma das maiores epopéias da história do Brasil, forças rebeldes aqui proclamaram a República, que acabou tendo uma vida efêmera. O idealismo da luta farrapa que durou 10 anos, e a valentia dos heróis anônimos, marcaram uma importante página na história de Lages. Em 1839, aqui formaram um pelotão de Cavalaria, que seguiu serra a baixo, para o combate que objetivava a tomada de Laguna. Ao lado dos farrapos, lutaram Giuseppe e Anita Garibaldi. Em pleno combate, os canhões e carroções puxados por bois, atolaram na lama e foram retirados a força pela comitiva lageana, o que provocou o comentário do Comandante David Canabarro ao Coronel Serafim de Moura, que chefiava a expedição: “Seus soldados se portaram com tal bravura e força, como se fossem verdadeiros Bois de Botas”. Em vista do civismo e bravura que o originou, “Boi de Botas” é sinônimo de heroísmo, de que se orgulham todos os lageanos.

A LENDA DA GRALHA AZUL

Lenda da Gralha Azul: Há muito tempo atrás, nos campos de Lages, levava-se uma vida tranquila e pacata. Só as festas, quermesses, casamentos ou pixuruns quebravam a sua monotonia. Admiradores respeitosos de suas coisas, os serranos se surpreendiam vendo surgir onde menos se esperava, novos grupos de pinheiros, e por mais que o fizessem, não conseguiam explicação para o fato.Conta-se que num certo tempo, esta gente serrana foi surpreendida por uma forte trovoada Em meio à correria e gritos, recolheram as criações e se abrigaram em suas casas junto ao fogo de chão. Um dos moradores atreveu-se a olhar a tempestade, desrespeitando as crendices populares que dizia ser perigoso olhar a tempestade. Ele viu uma cena jamais vista. Ele conta que no meio da tempestade uma avezinha – a gralha-azul – estava tentando se abrigar da tempestade, e um dos pinheiros gigantescos estirou os seus galhos como braços e acolheu a pobre avezinha. O morador foi correr para chamar o povo para ver, mas um clarão o surpreendeu e disse a ele que era para ele contar a todos o que tinha visto e tomar por exemplo.Maravilhado o morador passou a explicar às pessoas que era a gralha a responsável pelo aparecimento de tantos pinheiros. Ela enterrava o pinhão para se alimentar no inverno, e esquecendo do lugar onde escondera, ela buscava outros, deixando na terra a semente de novos pinheiros. Fora, portanto, um gesto de gratidão que o pinheiro se envergava para proteger a pobre avezinha. A partir daquele dia todos souberam o porquê dos pinheiros surgirem sem que alguém os plantassem.

LENDA DA SERPENTE DO TANQUE

Lenda da Serpente do Tanque: Nas segundas-feiras, no tanque, as lavadeiras debruçadas por sobre as tábuas, a torcer as roupas dos senhores coronéis e suas famílias, trabalhavam enquanto batiam aquele papo gostoso do dia-a-dia. Em meio a estes papos, as histórias iam sendo contadas e a lenda do tanque se repetia no palavreado simples das mulheres que ali lavavam suas roupas. A história contada era de que uma mãe solteira, para encobrir o fruto de sua vergonha, jogara a criança naquele tanque onde estavam a labutar. Estranhamente, todavia, a criança não morrera, mas se transformara numa cobra.Contavam elas que a cabeça da cobra permanecera ali no tanque e a cauda se encontrava no rio Carahá, estendida em todo o seu percurso. Nossa Senhora, a padroeira de Lages, ciente do hediondo crime praticado pela desnaturada mãe, prendia com os pés a cabeça da moderna hidra ao berço úmido da desgraça mítica, procurando assim evitar que a criança, transmutada em monstro, se revelasse ao mundo. No dia em que a Santa abandonasse esse propósito, a cidade seria totalmente tomada pelas águas, escapando somente a enchente, à cacimba da Santa Cruz. Diversas vezes notou-se verídica a previsão, pois, quando era tirada a imagem da Santa de seu altar, na Catedral, mesmo em procissões, começava a chover torrencialmente, parecendo que o mundo iria se desfazer em água. Porém, bastava retornar a imagem da Santa ao seu altar, que, o sol voltava a brilhar, afastando-se assim a promessa do cumprimento do trágico cataclisma.O relato das mulheres lavadeiras se espalhou por toda a cidade e o medo se apossou de todos, vindo assim a fazer com que as mulheres nunca comparecessem sozinhas ao tanque, sempre iam acompanhadas ou em grupos. Ninguém se atrevia a passar a noite naquele ermo, porque, ao lado do coaxar dos sapos, ouvia-se plangente e lúgubre, o grito de um ser perdido em angústia e desesperança.

LENDA DO LADRÃO DE CINCERRO

Ladrão de Cincerro: Sendo Lages, passagem e parada obrigatória de tropeiros e viajantes que levavam tropas de animais para Sorocaba – SP, onde eram vendidos numa feira, e tinham por costume acampar no local onde hoje existe a Igreja de Santa Cruz e a Cacimba. Acampavam e soltavam os animais para pastarem. A rapaziada da Vila, muito brincalhões (característico do lageano até hoje), à noite roubavam os cincerros ou colocavam palha de milho dentro dos mesmos, evitando assim que o tropeiro escutasse o barulho. Muitas vezes os tropeiros pela manhã ao tentar reunir a tropa para seguir viagem, não conseguiam localizar os animais, pois não escutavam o som dos cincerros. Enquanto a rapaziada lageana escondida, davam grossas gargalhadas, atrás das moitas. Assim levaram a alcunha de Ladrão de Cincerro.

Moacyr Flores: “O maior acontecimento da história do Brasil é a Revolução Farroupilha”

Moacyr Flores: “O maior acontecimento da história do Brasil é a Revolução Farroupilha”
“Todos falavam que o movimento dos farrapos era democrático. Não. Era liberal. Só Joaquim Francisco de Assis Brasil, diz isso, mas não explica. Dante (Laytano) sempre disse: o movimento farroupilha é brasileiro. De fato, é brasileiro.”

14/12/2012 – 16h20min
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Moacyr Flores: “O maior acontecimento da história do Brasil é a Revolução Farroupilha” Diego Vara/Agencia RBS
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Cultura – Onde o senhor nasceu e cresceu? Quem eram seus pais? Onde estudou?

Moacyr Flores – Meu nome completo é Moacyr Flores e nasci em 14 de janeiro de 1935, ano do centenário da Revolução Farroupilha, na Rua Benjamin Constant, em Porto Alegre, numa casa que não existe mais, em frente ao Cine Orfeu, depois Astor. Me criei na rua de trás, a Nova York. Fiz o primário no Grupo Escolar Daltro Filho, onde os professores me diziam que deveria ser engenheiro porque tinha facilidade para matemática.

ZH – E tinha mesmo?

Flores – Sou cartesiano, né? (Sorri.) Meu filho e meu neto também herdaram essa facilidade. Quando eu ainda não estava no colégio, minha mãe comprava livros e lia para mim.Já tinha uma pequena biblioteca antes de ser alfabetizado. Outra coisa que ela fazia era ler para mim o Correio do Povo, aquele jornal grandão que a gente lia “crucificado”. Isso me deu o gosto pela leitura. No segundo ano primário, tínhamos de tirar um livro na biblioteca e, aos sábados, escrever no quadro as palavras que
não havíamos entendido e que a professora então explicava. O primeiro livro que tirei foi
Os 12 Trabalhos de Hércules, de Monteiro Lobato. Como a minha mãe sempre me trazia esses livros, já no primário eu li romances para adultos. Praticamente não passei por livros infantis. Os únicos foram os de Lobato, que guardei para meus filhos.Ao ler O Poço do Visconde, vi que era uma tremenda crítica à política brasileira do petróleo, não era infantil coisíssima nenhuma. (Risos.) Depois, na universidade, vou trabalhar com esses livros dizendo: “Ó, não é livro infantil, é livro de crítica ao Brasil”.No 5º ano,a professora ficou apavorada porque eu tinha lido Salambô,de Gustave Flaubert,e disse que não podia ler isso.

ZH – Como era o seu ambiente familiar?

Flores – Meu pai, Anastácio Flores, era escultor, trabalhava com gesso e cimento,era um verdadeiro artista. Minha mãe,Alice, só tinha completado o 4º ano primário, mas era uma voraz devoradora de livros. Meu pai era anarquista. O movimento operário no Rio Grande do Sul foi organizado pelos anarquistas, e ele era operário. Não acreditava nos socialistas (“Todos burgueses”) nem nos comunistas (“Nunca pegaram na foice e no martelo e querem ensinar os operários”). Os anarquistas tinham uma política muito diferente daqueles que hoje se dizem anarquistas e não o são. Meu primeiro trabalho foi servente de obra, não nasci professor.Aos 14 anos já estava trabalhando
para estudar à noite. Segundo meu pai, eu tinha de estudar para poder discutir
com o patrão. Se não tivesse estudo, o patrão iria me enganar. Talvez eu seja contestador porque fui criado dessa maneira. Os anarquistas se reuniam no quintal de nossa casa na Nova York para beber cachaça com bitter (eu ia à venda com uma canequinha para comprar a bebida) e para falar de política,de teatro.

ZH – De teatro?

Flores – Os anarquistas eram cultos. Um dia vi uma foto de Carlos Cavaco (1878 – 1961,
advogado e tribuno socialista) e pensei: “Mas esse era o Cavaco que ia à minha casa”. O pessoal gozava com ele por ser socialista.Os anarquistas tinham uma ideologia de não aceitar interferências.Tanto é que diziam que eu devia ir à missa. O resto era bobagem, mas eu tinha de ouvir o sermão porque havia moral e, se eu não tivesse moral,precisaria de um chefe.

ZH – Esses anarquistas não eram ateus.

Flores – Não, eles eram anticlericais. Mas, no cristianismo,o importante era a moral.

ZH – O senhor começou a trabalhar aos 14 anos porque precisava ajudar em casa?

Flores – Sim, éramos uma família pobre, e a idade em que todo garoto ia trabalhar era 14, 15 anos, caso contrário seria considerado vagabundo.Tinha de trabalhar e entregar todo o dinheiro. Se precisasse, tinha de pedir. E era obrigado a estudar também.

ZH – Como foi a sua passagem do ensino secundário à universidade? Por que escolheu a faculdade de história?

Flores – A escolha de história é interessante. Parei de estudar ao terminar o científico porque tinha de trabalhar, a mãe estava sozinha, eu era o mais velho e tinha de ajudar. Meu pai morreu em 1951. Comecei a namorar a Hilda (Hilda Hübner Flores, professora e historiadora, mulher de Flores), que fazia dois cursos superiores (Filosofia e Serviço Social), e eu só com o Científico. Me senti inferior. (Risos.) Quando começamos a namorar, em 1959, ela veio com Aristóteles e eu me contrapus com Sócrates. (Risos.) Eu trabalhava como desenhista na Divisão de Organização da Secretaria de Administração do Estado, e abriu um concurso para cartógrafo, que ganhava melhor do que desenhista. Para se inscrever, era preciso ter completado ou estar matriculado do curso de Cartografia ou cursar Geografia. Resolvi fazer Geografia e História na PUCRS, onde era um curso único (na UFRGS, eram separados). Me entusiasmei com história e não prestei o concurso. Resolvi me tornar professor, que na época dava direito a um salário muito bom.

ZH – O senhor ainda desenha?

Flores – É, algumas coisas assim. (Indica telas nas paredes da sala.) Parei porque a pesquisa histórica requer tempo, assim como o desenho. Eu trabalhava 12, 14 horas por dia fazendo desenho técnico, educativo. Fiz umas três exposições de pintura e outras três de cerâmica. Minha filha tem formação em cerâmica e faz mestrado em Artes Visuais na UFRGS. Passei a ela a parte técnica, e ela me passou a
cerâmica.Fizemos uma troca.

ZH – O senhor se casou em que ano?

Flores – Em 1962. Eu estava no terceiro ano da PUCRS. Abriu concurso para professor
estadual com vaga no Interior. Nós (Flores e Hilda) nos candidatamos. Fui com duas nomeações para duas disciplinas, e ela com uma de Serviço Social e outra de professora. Tínhamos quatro vencimentos. Para recémcasados, era uma maravilha. Naquele tempo, era preciso começar no Interior e só depois de dois anos era possível ser transferido para Porto Alegre. Fomos nomeados para São Borja, ficamos lá por três anos e meio. Quando fomos transferidos para a Capital, prestei concurso no meu colégio, o Julio de Castilhos, onde cheguei a vice-diretor. Em 1968, fui convidado
pelo Dante de Laytano (professor, criador da disciplina de História do RS na UFRGS
e na PUCRS) para assumir as cadeiras dele como professor auxiliar. Em seguida, saí do Julinho para ser historiógrafo do Arquivo Histórico do Estado.A rotina me deixou num estresse muito grande, porque eu estava preparando a minha dissertação.Acabei fazendo concurso para professor na UFRGS, no final dos anos 1970,e saí do Arquivo Histórico.

ZH – Como era sua relação com Dante de Laytano?

Flores – Ele era catedrático de história na PUCRS. Só dava a primeira e a última aula, o restante era com o auxiliar. Eu tinha sido dele na PUCRS, onde me formei em 1964. Na época em que ele me convidou, eu dava aula em três colégios (também era professor do município e do Colégio das Dores, particular). Só via a família ao meio-dia, porque chegava em casa à meia-noite e os filhos já estavam dormindo. O que eu aprendi sobre história, aprendi com Dante. Não nas aulas, mas na casa dele. Ele me convidava para ir à casa dele na Avenida Carlos Gomes “marcar o ponto”. Íamos eu e a Hilda, com as crianças. Quando não ia, ele me telefonava: “Olha, vou te cortar o ponto”. Ele me ensinou a manejar fontes, documentos, bibliografia, quem era Fulano ou Sicrano – porque ele tinha conhecido todos os historiadores anteriores. Dizia: “O Aurélio Porto tem tal ponto de vista, o Varela tem tal”. Quando não prestava, dizia: “Esse é um chato, pode deixar de lado”. Ele nos convidou para ser testemunhas do segundo casamento dele.

ZH – Como o senhor define o papel dele na historiografia rio-grandense?

Flores – Ele era formado em direito, era do tempo em que não havia curso de história. Passou de uma fase positivista, a dos primeiros escritos, à história cultural, muito influenciada pelo Franz Boas (antropólogo americano). Nesse momento, começa a pesquisar folclore, música, literatura. Faltava a ele um método, porque ele não tinha formação em história. A escrita dele não segue uma sequência. É confiável porque se baseia em documentos. Ele mesmo me dizia: “Olha,Moacyr,tu tens de
pesquisar documentos”. Ele trabalhava com documentos, só que muitas vezes não citava a fonte. Só o vi uma vez brabo. Era um bonachão, um gentleman,tratava todo mundo com urbanidade. Não atacava os outros, mesmo quando atacado.O melhor livro dele é História da República Rio-grandense (1936).Em Modelo Político dos Farrapos, cito esse livro ao lado de outros três que considero os melhores: Notas
ao Processo dos Farrapos (1933 a 1935), de Aurélio Porto, História da Grande Revolução (1933), de Alfredo Varela, e A Revolução Farroupilha, de Tasso Fragoso. Todos os literatos – romancistas,poetas ou historiadores – abordam a Revolução Farroupilha porque ela é um selo de identidade do Rio Grande do Sul.

ZH – Foi essa a razão de o senhor tê-la escolhido como objeto de pesquisa em seu mestrado?

Flores – Inicialmente, pensei em estudar Carlota Joaquina. Fomos até Petrópolils (RJ) para ver o Arquivo do Museu Imperial. Me apavorei com a quantidade de documentos. Ela queria ser soberana do Prata e manteve correspondência com ministros de Grã-Bretanha, Espanha,Argentina,Uruguai,Peru.Quando comecei a ler, fiquei estarrecido e cheguei à conclusão de que não teria dinheiro nem tempo para fazer essa pesquisa. Se ganhasse bolsa, teria de parar de lecionar, e então tinha de continuar lecionando e fazendo a dissertação. A PUCRS me deu uma vantagem: diminuiu a carga horária sem redução de salário. Fiquei com uma tarde para o Arquivo Histórico.

ZH – Só uma tarde?

Flores – E tinha as férias.Viajávamos para Pelotas e Rio Grande – esta última é uma das melhores que temos. Pesquisei no Arquivo Municipal de São Paulo e ao Rio, no Arquivo Nacional. Fiz o trabalho nas férias junto com a família. Enquanto Hilda ficava cuidando das crianças,eu ficava caneteando e pesquisando.

ZH – Por que o senhor decidiu pesquisar a política dos farroupilhas?

Flores – Eu estava lendo um jornal antigo do tempo dos farrapos e vi a palavra “política”. Pensei: opa, ninguém escreveu sobre política. Como professor, sempre fiz levantamento de bibliografia e me dei conta de que, entre as 400 publicações que tinha listado, não havia nada sobre política. Então decidi estudar as ideias políticas. Aliás, o título da
dissertação, de 1975, é Ideias Políticas na Revolução Farroupilha. Quando o livro foi publicado, em 1978, escolhi o título Modelo Político dos Farrapos. Era a época dos Anos de Chumbo, só se falava em modelo econômico, modelo político, modelo social.

ZH – Modelo Político dos Farrapos foi uma tentativa de estudar a história dos
Farrapos para além da economia?

Flores – Não, não pensei nisso. Pensei que tinha de fazer rapidamente uma dissertação e procurei um tema sobre o qual ninguém tinha escrito. Todos falavam que o movimento
dos farrapos era democrático. Não era democrático, era liberal. Só um, Joaquim Francisco de Assis Brasil, que escreveu um livro sobre a Revolução Farroupilha em 1883 (História da República Rio-grandense), diz isso, mas não explica. Comecei a estudar o liberalismo, a documentação. Dante sempre me disse: “O movimento farroupilha é brasileiro”. De fato, é brasileiro. Para mim, o maior acontecimento da história do Brasil é a Revolução Farroupilha, tentativa de implantar uma república
brasileira. Só que as outras províncias não o acompanharam, e o pessoal ficou sozinho. Esse movimento começa em 1823,quando Dom Pedro I fecha a Assembleia Constituinte. Eles se consideram herdeiros dos liberais de 1823, queriam um Legislativo forte que evitasse a ditadura do Executivo. Diziam que um Legislativo
fraco propicia o autoritarismo.

ZH – E queriam chegar a isso sem romper a unidade do país?

Flores – Pretendiam uma federação de províncias autônomas. Não era a separação. É claro que, quando viram que os outros não tinham acompanhado, só restava proclamar
a república para continuar a luta. Havia um grupo pequeno, chamado de farroupilha, que queria a separação desde o início. No projeto de Constituição de 1842, em Alegrete, aparece a ideia de que as províncias se federalizem ao Rio Grande. Para eles, a federação permitiria que os Estados tivessem leis próprias. Eles estudam num jornalzinho americano as Constituições dos Estados americanos.Não a Constituição
Federal,as Constituições dos Estados.

ZH – Estão interessados na relação com o poder central.

Flores – Era isso que queriam implantar. Seríamos uma federação autônoma. O Brasil
continua sendo federação no nome. Não é federação porque tudo se decide em Brasília, como antes se decidia no Rio. Para calçar uma rua em Porto Alegre,os vereadores precisavam pedir licença para o presidente da província, que pedia licença ao ministro do Interior no Rio. Concedida a licença, a Câmara Municipal obrigava os moradores da rua a pagar o calçamento. Em 1884, Capistrano de Abreu escreve que “o governo brasileiro castrou e recastrou o povo brasileiro”. Carlos von Koseritz viaja em 1883 ao Rio, visita o Congresso e diz: “É um circo de cavalinhos com lonas rotas onde os
políticos fazem malabarismos que ninguém mais aplaude, fazem palhaçadas de que ninguém mais ri”.O povo sempre foi desamparado, e aliás continua desamparado.

ZH – A proclamação da República foi um gesto impulsivo a partir da vitória na
Batalha do Seival?

Flores – Não é só isso. Havia uma cisão entre Antonio de Souza Neto e João Manoel de Lima e Silva, tio do futuro Duque de Caxias e irmão do regente Lima e Silva e do ministro da Guerra,Manoel de Lima e Silva.É por isso que eles fazem a sedição. Eles têm toda a proteção. Tanto é que o Rio não mandou soldados para contra-atacar. Quem contra-atacou os farroupilhas foram os rio-grandenses.Aí assumiu a Regência o padre Diogo Antônio Feijó, chefe do partido farroupilha em São Paulo.

ZH – Eram chamados de farroupilhas em São Paulo também?

Flores – O partido farroupilha já existe em 1828 no Rio e em São Paulo. Farroupilha designa os que querem a federação. O Brasil era um Estado unitário, e “farroupilha” quer dizer pedaço, retalho, no sentido de que são pedaços no sistema político brasileiro de Estado centralizado. São subversivos que querem a federação. Depois os nosso historiadores mudaram o negócio, sugerindo que “farroupilha” significava esfarrapado, ou seja, que o povo havia se levantado.O povo não se levantou.Foram os estancieiros que levaram seus parentes, seus compadres.Vai todo mundo para a guerra,
afilhado,tudo.É um sistema de compadrio: o compadre vai para a guerra, e os afilhados têm de ir junto. Essas ideias que estudei (em Modelo Político dos Farrapos) não eram do povo. O povo era analfabeto – 85% dos rio-grandenses não sabiam ler nem escrever.

ZH – Passados 35 anos da publicação de seu livro,como define Bento Gonçalves?

Flores – A definição que temos segue a de Thomas Carlyle (historiador britânico): ele
parte do princípio de que a história se faz por heróis e que esses heróis já nascem predestinados. Os republicanos precisavam de heróis para nossa República. Ela é instaurada por um golpe militar para impedir que, na sessão legislativa de 20 de novembro, Joaquim Nabuco apresentasse um projeto da princesa Isabel para compra de terras aos escravos libertos, e voto feminino. A princesa escreve: “Se os
republicanos e militares consentirem”. Não consentiram. Cinco dias antes, dão um golpe sem a participação do povo e proclamam a república. Tentaram fazer Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto (os dois primeiros presidentes da República) de heróis, não conseguiram. Pensaram: quem lutou contra o Império? Um tal de Tiradentes, e então Tiradentes foi transformado em herói porque lutou contra a Coroa portuguesa. E no Rio Grande? Bento, Davi Canabarro. Pronto, foram transformados em
heróis dos positivistas que assumiram o poder. Todo mito é criado de acordo com os interesses de cada geração. Como não tenho esses
interesses, vejo Bento Gonçalves lembrando que esses personagens históricos são humanos, com todas as falhas humanas. “Os farroupilhas pretendiam
uma federação de províncias autônomas. Não a separação. Quando viram que os outros não tinham acompanhado, só restava proclamar a república para continuar a luta.

REVOLUÇÃO FARROUPILHA E FAMÍLIA ARRUDA – TUDO A VER!

Durante a Revolução Farroupilha

Desde que a Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas sacudiram a Europa e na América do Norte os Estados Unidos se “emanciparam” do Império Britânico o sistema de governo republicano virou moda. D. João VI veio refugiar-se no Brasil em 1808. Em 1817 Napoleão tentou fugir da Ilha de Santa Helena para o Pernambuco, porém a fuga fracassou. O italiano Giuseppe Garibaldi teve mais sorte, trouxe em sua bagagem os ideais republicanos e encontrou aqui uma província brasileira cheia de gringos, seus patrícios, e um cenário de guerra contra o Império Brasileiro, a República Rio Grandense proclamada em setembro 1836.

Após ser invadida pelos gaúchos sob o comando de Mariano de Mattos, Ministro de Guerra Farrapo, e incorporada ao Rio Grande do Sul, em março de 1839, por iniciativa de Inácio de Oliveira e com apoio de Serafim de Moura até janeiro de 1840 Lages era a “República Lageana”, a primeira em Santa Catarina. Em setembro de 1839 Garibaldi e Canabarro proclamaram a República Juliana em Laguna.

Datas e fatos históricos interligados e de suma importância para nossa Serra Catarinense. Se o resultado da Revolução Farroupilha – após quase 10 anos de luta – tivesse sido um sucesso qual seria hoje nossa realidade econômica? Estaríamos nós vivendo num país menor, a exemplo do Uruguai, num país mais politizado e – por quê não dizer – mais culto e próspero? Onde a República fracassou? Basta cavocar na História escrita e oral que as respostas aparecem.
172 anos depois estamos novamente reverenciando aqueles tempos turbulentos e efervescentes pelos quais passaram nossos antepassados. As brigas lá no Rio Grande foram deflagradas pelos grandes fazendeiros, estancieiros, herdeiros de Sesmarias, ricos pecuaristas que não queriam pagar os abusivos impostos imperiais sobre o charque e o couro, seus principais produtos no mercado, transportados por mar e por terra pelo Corredor das Tropas que por aqui passava. Se lá na imensa planície gaúcha havia divisão ideológica entre Império ou República, aqui na Serra Catarinense não seria diferente. Aqui a maioria dos grandes fazendeiros da Coxilha Rica, gente que mandava politicamente e detinha o poder econômico não deu apoio.

A República e a bandeira farroupilha aqui só tremulou embalada pelo Minuano por alguns meses. Lages era uma importante fronteira a ser defendida. E foi. Até o dia do fracassado entrevero no Capão da Mortandade em Curitibanos diante das forças imperiais. Então tivemos que esperar até novembro de 1889 para ver novamente as cores de uma bandeira republicana e ver a derrocada do Império. Demorou não?
Que isso tem a ver com a Família Arruda? Tudo. Três pacíficos fazendeiros, que se presume fossem de ideais republicanos pela rebeldia nata que caracteriza as Famílias Arruda, Ribeiro e Camargo, moradores da Grande Porto Alegre daqueles tempos, mais precisamente de Triunfo e Caçapava do Sul, estavam no olho do furacão. Mesmo antes de deflagrada a Revolução já havia muita animosidade e desavenças entre republicanos e imperiais. Juntando as três famílias, pertences em geral e muitos animais seguiram no final de 1833 pelo Corredor das Tropas, tomando o rumo da Coxilha Rica. Uma troca da verdejante planície gaúcha por um planalto verdejante e igualmente belo em busca de paz e prosperidade. Bem ao contrário do que haveria de acontecer em breve, quando o Passo de Santa Vitória haveria de tornar-se o palco de uma das batalhas mais sangrentas da Revolução, com a vitória do Capitão Gavião e seus Lanceiros Negros.

Do lado catarinense, entre outros líderes revolucionários lageanos destacava-se o Tio Antônio de Anita Garibaldi, que teria influenciado a sobrinha adolescente nos ideais republicanos. Talvez, isso mesmo, talvez, aí resida o motivo de Anita se declarar lagunense ao se casar com Giuseppe no Uruguai: vergonha de ser lageana, pela falta de apoio ao Movimento pelo qual ela tanto lutou e não viu prosperar nestes verdes campos de Cima da Serra. Nossa República durou pouco, muito pouco e pouco se sabe sobre ela. Um quebra-cabeça que consome tempo de pesquisadores, historiadores e genealogistas atuais, que teimam em remontar fatos, e recontar acertos e desacertos daqueles tempos difíceis e cruéis.

Hoje é preferível ver ou pensar nossos ancestrais empunhando suas armas ao lado de Anita, mas a História pode não nos ser muito favorável. Não tem nenhum deles, fantasmagórico, que venha agora soprar a verdade dos fatos em nossos ouvidos, já que a História é cheia de versões e escrita a favor do lado mais forte. A Revolução Farroupilha foi uma briga de rico que ficou famosa por conta dos guerreiros esfarrapados, ou seja, dos pobres. Tanto faz República ou Monarquia. Sempre haverá reclamação por conta de altos impostos, a menina dos olhos de qualquer tipo de governo.

arrudafamilias.blogspot.com.br

Texto de JOSÉ CARLOS ARRUDA DE SOUSA

PRIMEIROS HABITANTES

Data do início do século XVIII a chegada dos primeiros europeus que se fixaram no município. O povoamento dos “Campos de Lajens” decorreu da necessidade de abrir caminhos para atingir as Campinas do Rio Grande do Sul, ricas em gado, o que despertava nos paulistas e mineiros a ambição de estabelecer intenso comércio com os estancieiros riograndenses. Os documentos primitivos mencionam a paragem chamada “Lajens”, um pouso de tropeiros que viajavam para São Paulo ou Sorocaba (conhecida desde 1661), levando mulas, cavalos e bovinos. Correia Pinto, fundador do povoado, era tropeiro, e conduzia tropas de bois de Lajes para São Paulo. Os tropeiros primitivos, mesmo os residentes no povoado, não eram lageanos, mas na sua maioria, portugueses e açorianos. Somente mais tarde foi que tropeiros, já nascidos em Lajes, exerceram esta tradicional profissão. Lages foi fundada em 22 de novembro de 1766. Em 1820, a vila é desanexada da província de São Paulo para fazer parte de Santa Catarina. Em 25 de maio de 1860 é elevada à categoria de cidade. Em 1960, ficou estabelecida o topônimo de Lages com “G”. (Aliás, impróprio segundo o nosso léxico). Economicamente Lages ficou conhecida inicialmente pelas suas tradições na pecuária. Seus primeiros ciclos econômicos, no princípio do século, foram os do couro, da carne e da erva-mate. Hoje ainda o município tem o maior rebanho bovino do Estado, com cerca de 76.000 cabeças.O ciclo econômico que se seguiu foi o da madeira, cujo auge ocorreu entre 1950 e 1960.

LAGES

HISTÓRIA
A região de Lages SC era conhecida como a continuação dos famosos campos das Vacarias, onde existia enorme quantidade de gado Vacum Selvagem, oriundos das missões guaraníticas. Os chamados Campos das Lagens, um vasto território que compreende vários municípios de Santa Catarina, originalmente pertencia à Espanha, consoante o Tratado de Tordesilhas, firmado em 1494, entre Espanhóis e Portugueses, sob a inspiração do Papa Alexandre VI; nascido na Espanha, que dividiu o mundo Ocidental entre os dois Países da Península Ibérica. As terras que ficassem situadas até uma distância de 370 léguas a Oeste do Cabo Verde (Costa Africana) pertenciam à Espanha. Sendo o Papa Espanhol, entregou ao seu País a “parte do leão”. Mais tarde, depois de descoberto o Brasil, constatou-se que a linha de Tordesilhas iria de Belém (Pará) até Laguna (Santa Catarina). Quase um estreito corredor. A maior parte do Brasil – e mais rica -, bem como toda a América Latina, seria território Espanhol. Nem Portugal tampouco a Espanha cumpriu integralmente o famigerado tratado, modificado por ajustes posteriores. De qualquer forma, Portugal precisava ocupar a região de Lages SC, que poderia ser reivindicada pelos Castelhanos. Os campos de Lages pertenciam à Capitania de São Paulo, que atingia o Rio Pelotas e dividia a Capitania de Santa Catarina mais ou menos no Tributo, perto de Bom Retiro. Correia Pinto assumiu o compromisso de fundar o povoado na região de Lages SC. Aos 22 de Novembro de 1766, dá início a uma nova povoação sob a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres das Lajens. A 22 de Maio de 1771, é elevada a categoria de Vila. Somente por Alvará Real de 09 de Setembro de 1820, Lages passou a pertencer à Capitania de Santa Catarina. A 25 de Maio de 1860 é elevada a categoria de cidade chamada de Campos de Lajens devida à abundância de Pedra Laje (arenito) em certos pontos da região. Em 1960, pôr decreto assinado pelo Sr. Prefeito Vidal Ramos Júnior ficou estabelecido o topônimo de Lages com *G*. Lages foi colonizada por Paulistas e Espanhóis.

O município apresenta como ponto forte em belezas naturais, os campos.
Geograficamente, Lages SC é privilegiada pela natureza e pelo clima. As coxilhas despontam um potencial turístico, fundamental ao turismo no meio rural.
Em alguns locais encontram-se formações rochosas areníticas de formas exóticas e curiosas que contribuem para o embelezamento da paisagem.
O ar puro e agradável provoca bem estar e restaura o stress urbano.
Um fator relevante é que Lages está localizada num ponto estratégico, identificado como corredor turístico (BR 116 /BR 282).
No aspecto cultural, além de ser o centro universitário da região, Lages tem uma longa história, que vem desde os tropeiros gaúchos que colonizaram a região. E essa história é cultuada por seu povo, que mantém viva as tradições através do folclore regionalista, da comida campeira, no jeito de vestir e em muitas festas que são realizadas ao longo de todo ano. A maior delas, a Festa Nacional do Pinhão, realizada no mês de junho, atrai mais de 300 mil turistas.
Conhecida como a Capital Nacional do Turismo Rural, conta com inúmeros hotéis fazenda que dispõe de todo conforto, bons serviços, incluindo estrutura para eventos. Realiza também no mês de outubro a EXPOLAGES, maior feira agropecuária do planalto catarinense.
A maior delas, a Festa Nacional do Pinhão, realizada no mês de junho, atrai mais de 300 mil turistas.
É uma região muito bonita que merece ser visitada, não apenas pela beleza de suas paisagens e patrimônio histórico, mas principalmente pela hospitalidade encantadora de sua gente.
POPULAÇÃO: 165.068 Habitantes
URBANA: 152.880 Habitantes
RURAL: 4.086 Habitantes
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 16.01hab/km2
TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL: 1,38
ÁREA: 2.651,4 km2
ÁREA URBANA: 222,4 Km2
ÁREA RURAL: 2.429 Km2
ALTITUDE: 916 m
LATITUDE: 27″ e 48″ 58 min. sul
LONGITUDE: 59,19″ e 34″ min. oeste
CLIMA: subtropical
TEMPERATURA MÉDIA ANUAL: 15,6º
PRECIP. PLUVIOM.: 1.479,48 anual
UMIDADE RELATIVA DO AR ANUAL: 80.03%
FERIADO MUNICIPAL: 15/Agosto
CEP.: 88.500-000 – DDD: (0xx49)
CORRENTE ELÉTRICA: 220 Volts

PONTO MAIS ELEVADO
1.200 metros no Morro do Tributo

CLIMA
Mesotérmico úmido, sem estação seca.
Clima chuvoso, com invernos e verões brandos. A precipitação do mês mais seco é maior que a precipitação do mês mais chuvoso, e a temperatura média anual 15,60C.
A temperatura média do mês mais frio se situa entre 3º e 180C

RIOS QUE CORTAM O MUNICÍPIO
Caveiras, Rio LavaTudo, Pelotinhas, Pelotas e Canoas.
Rios Urbanos: Passo Fundo, Carahá, Caveiras e Ponte Grande

GERAÇÃO

brasao anita

1. Manoel Colasso. Ele cas. Ângela Maria. Também encontrado com a grafia Colaço da Veiga. Filhos:
2. i Bento Ribeiro da Silva.
ii Antonio Ribeiro da Silva. Alguns Genealogias aponta que ele seria tio e não irmão.

Segunda Geração

2. Bento Ribeiro da Silva, * S José dos Pinhais, PR. Ele cas. Maria Antônia de Jesus, 13-06-1815, em N Sra dos Prazeres, Lages, SC, * c1788, Laguna, SC, (filha de Salvador Antunes Paes e Quitéria Maria de Sousa). Ou nascido em Curitiba, PR; Tropeiro condutor de gado e lavrador. Tinha uma chácara denominada “Malafaca”, confrontando com o sítio de Úrsula Maria. Apelido Bentão. Depois de um tempo o casal transferiu residência para o Rincão dos Morrinhos, hoje situado no Município de Tubarão. Atualmente é o Bairro Anita Garibaldi onde foi erguido um monumento em sua homenagem. Em 1821, Tubarão era conhecida como Poço Grande como 5° Distrito de Laguna. Somente em 27-05-1870 é que se desmembrou de Laguna. Como desapareceram livros e até páginas do livro correspondente ao período provável de nascimento da filha Anita, muitas dúvidas pairaram sobre o local de nascimento dela. Era comum “o padre ir atrás dos fiéis e não o contrário”. Ou seja, um determinado livro de assentos de batismos e casamentos, por exemplo, poderia ser de Laguna, mas o local do evento ou cerimônia poderia ser em Imbituba ou Tubarão no local da residência da família. Pouquíssimos documentos encontrados para a construção do Memorial Açoriano confirmaram de que uma determinada família se deslocasse por quilômetros só para batizar um filho… Nos assentos de casamento era comum o Padre indicar a FREGUESIA DE ORIGEM DOS NOIVOS e não propriamente o local correto de nascimento de ambos. No casamento da filha Anita com Giuseppe Garibaldi, no Uruguai consta que ela era “de Laguna”. Ora, todas as localidades e quarteirões, distritos ou capelas da região eram subordinadas à Igreja de Laguna e todas elas eram denonimadas “freguesia de Laguna”. É certo isto por diversos documentos consultados como os próprios livros de batismos, casamentos e óbitos como os de crisma, rol de confessados e até mesmo das listas de proprietários. Teria casado novamente em Taquari, RS. Quando do casamento da filha Ana já era falecido. Também aqui existem vestígios de que muitos homens, da época, “fugiam” para outra região não mais voltando e eram considerados “falecidos”. Nesta obra existem vários exemplos. Alguns dados foram retirados do livro Aurorecer das Sesmarias Serranas (OLIVEIRA, 78). Se for correto, Anita Garibaldi é descendente de Tibiriçá. No Dicionário das Mulheres (SCHUMAHER, org., p. 77), consta como nascida em Lages, SC. Cinco filhos foram batizados em Laguna, dois em Lages e mais um dado como natural de Laguna. No livro de Anita, consta como sendo nascida na cidade de São Paulo. Um dos livros que tem fundamentação em pesquisa documental é “Anita Garibaldi, uma Heroína Brasileira” (MARKUN, Paulo. Editora Senac, São Paulo9, 1999). Também na obra “Memorial Açoriano” este autor existem mais detalhes. Filhos:
i Felicidade Ribeiro da Silva, * 04-07-1816, Laguna, SC, bat. 01-11-1816, Laguna, SC. Ela cas. Manoel Ribeiro de Almeida, 11-05-1831, em Laguna, SC, * Gravataí,RS, (filho de José de Oliveira de Aguiar e Francisca Antonia de Jesus). “Presença açoriana em Santo Antônio da Patrulha” (BARROSO, org., 1997, p. 211). Manoel: Ele pode ter nascido em Viamão. Depois de casados foram residir no Rio de Janeiro.
3. ii Manoela de Jesus * c1818.
4. iii Anita Garibaldi * 30-08-1821.
iv Manuel, * c1822, Lages, SC, bat. 07-12-1822, Lages, SC.
v Cecília, * c1824, Lages, SC, bat. 19-09-1824, Lages, SC. Ou Sissília.
5. vi Francisco Ribeiro da Silva.
vii Bernardina, * 10-10-1826, bat. 18-11-1826. O pesquisador Wolfgang Rau não aponta qual a cidade de nascimento e de batismo. Este autor não encontrou os livros correspondentes aquela época. Existem notícias que tais registros “desapareceram”. Outros boatos indicam que alguém “surrupiou” tais documentos e colecionadores inescrupulosos os retém em suas coleções particulares de forma criminal contra o Patrimônio Histórico e Cultural do País.
viii Antônia, * 13-06-1828, Laguna, SC, bat. 05-09-1828, Laguna, SC.
ix João, * 25-04-1831, Laguna, SC, bat. 08-05-1831, Laguna, SC.
x Salvador, * 26-03-1833, Laguna,SC, bat. 27-04-1833, Laguna, SC. É importante saber que o registro considera Laguna, mas pode ser Tubarão. Naquela época a Freguesia de Laguna abrangia o atual território de Tubarão, SC.

Terceira Geração

3. Manoela de Jesus, * c1818. Ela cas. Felisberto Caetano Fraga, 02-06-1838, em Tubarão, SC. Felisberto: encontrado também como Félix. Filhos:
i Manoel, * 21-04-1839, Tubarão, SC. Provavelmente faleceu jovem, já que tem irmão com o mesmo nome nascido em 1850.
ii Amâncio, * 06-09-1845, Tubarão, SC.
iii José, * c1849, Tubarão, SC, bat. 06-05-1849, Tubarão, SC.
iv Manoel, * c1850, Tubarão, SC, bat. 07-11-1850, Tubarão, SC.
v Maria, * c1853, Tubarão, SC, bat. 03-03-1853, Tubarão, SC.

4. Anita Garibaldi, * 30-08-1821, Laguna, SC. Ela cas. (1) Manoel Duarte de Aguiar, 30-08-1835, em S Antonio dos Anjos, Laguna, SC, * Desterro, Ilha de S Catarina, (filho de Francisco José Duarte e Joaquina Rosa de Jesus). Ela cas. (2) Giuseppe Maria Garibaldi, 26-03-1842, em Igreja S Bernardino, Montevidéo, * 04-07-1807, Nizza,Itália, hoje Nice, França, (filho de Gian Domenico Garibaldi e Rosa Raymond) d. 02-06-1882, Caprera, Itália. Anita died 04-08-1849, Fazenda Guiccioli, Mandriole,Itália. Ddescendente de Tibiriçá, pelo lado de João Ramalho e sua mulher Bartira; batizada com o nome de Anna Maria de Jesus Ribeiro; no primeiro casamento tinha penas 14 anos. Três anos depois rompeu o casamento. Quando casou com Garibaldi, já estava viúva (?); considerada a “heroína dos dois mundos” pela participação na Revolução Farroupilha e destacada atuação na Itália; nome de cidade em SC e nome de rua em Caxias do Sul; no livro Coxilha Rica, de Celso Ramos Filho (p. 344), teria nascido em 1820 na Fazenda Nossa Senhora do Socorro, em Lages; no trabalho inédito de Moacyr Domingues, intitulado “Famílias Lagunenses” (p. 14), consta a seguinte observação: ‘nossas pesquisas, infelizmente, não abrangeram o período de seu nascimento, nem o de seu casamento, de sorte que não pudemos comprovar a veracidade dessa informação, que colhemos na obra “Garibaldi e a Guerra dos Farrapos”, de Lindolfo Collor, da Editora Globo (p. 205/206). A ser verídica, estariam identificadas as raízes paulistas da famosa heroína’. Também na obra “O Continente das Lagens”, de Licurgo Costa, constam várias páginas apresentando uma fazenda próxima a Lages, SC, como o local de nascimento de Anita. A origem de Ana é discutida até hoje e existem várias lacunas, em termos documentais, que são citadas nesta obra. Quando do seu casamento no Uruguai com Giuseppe, constou como natural de Laguna no Brasil. Como dito anteriormente, se tratava da Freguesia e poderia, nesta hipótese, ser na vila ou mesmo no interior. Examinando outros batismos de pessoas comprovadamente nascidas em Tubarão, nos batismos não consta terem nascido em Tubarão e sim em Laguna… O que deixa perplexos quem analisa toda a documentação existente é de que numa Ação Judicial para provar que ela teria nascido em Laguna não foram ouvidos os Institutos Históricos do RS, SC e do Brasil, pelo menos para firmarem pareceres como sóe acontece em outros fatos importantes de nossa História pátria. A petição inicial, assinada pelo advogado Adílcio Cadorim (que, posteriomente, escreveu um livro sobre a vida de Anita Garibaldi) foi apoiada por diversas entidades… de Laguna o que poderá levar a uma interpretação de “favorecimento” sem que nenhuma outra entidade ou instituição de fora pudesse apoiar a iniciativa. Manoel: Sapateiro; tinha o dobro da idade de Anita; vide o livro “Garibaldi e a Guerra dos Farrapos”, de Lindolfo Collor, 2ª Edição, Editora Globo, Porto Alegre, RS (p. 205/206). Alistou-se no exército legalista imperial. Giuseppe: (vide livro da Anita, Markun, 34, descrição física; batizado como Joseph; inclusive no livro consta a história de Nice e a língua de então, o nizardo.Vide.Anulou o casamento com Francesca Armosino. Mas teve filhos com a governanta Francesca Armosino com a qual teve 3 filhos: Clelia, Rosa e Manlio; casaram-se oficialmente em 26-01-1880)
Filhos com Giuseppe Maria Garibaldi:
6. i Domingo Menotti * 16-09-1840.
ii Rosita Garibaldi, * 30-11-1843, Montevidéo, Uruguai, d. 23-12-1845, Montevidéo, Uruguai.
7. iii Teresita Garibaldi * 22-02-1845.
8. iv Ricciotti Garibaldi * 24-02-1847.

5. Francisco Ribeiro da Silva. Ele cas. Luiza Rosária. Os filhos deste casal foram arrolados pelo pesquisador Wolfgang Ludwig Rau, que não apontou se a data correspondia ao batismo ou ao nascimento. Os livros desta época não foram encontrados. Luiza: Este casamento consta em pesquisa de Wolfgang Ludwig Rau. Filhos:
i Maria, * 21-12-1839, Tubarão, SC.
ii Cândida, * 20-12-1841, Tubarão, SC.
iii Bernardina, * 04-04-1844, Tubarão, SC.
iv Francisca, * 07-02-1848, Tubarão, SC.
v Antônio, * 20-04-1849, Tubarão, SC.
vi Florinda, * 01-06-1852, Tubarão, SC.

Quarta Geração

6. Domingo Menotti, * 16-09-1840, Mostardas, RS, bat. 23-03-1843, Montevidéo, Uruguai. Ele cas. Itália Bidischini Dal’Oglio. Domingo died 22-08-1903, Aprilia, Itália. Tornou-se oficial do exército italiano tendo lutado ao lado do pai,casou e teve vários filhos que também foram militares, alguns chegaram ao posto de General (Cadorin, 182). Filhos:
i Anita Garibaldi, * 1875, d. 1961.
ii Rosita Garibaldi, * 1877, d. 1964.
iii Gemma Garibaldi, * 1878, d. 1951.
iv Giuseppina Garibaldi, * 1883, d. 1910.
v Giuseppe Garibaldi, * 1884, d. 1886.
vi Giusepe Garibaldi, * 1887, d. 1969.

7. Teresita Garibaldi, * 22-02-1845, Montevidéo,Uruguai, bat. 28-03-1847, Montevidéo, Uruguai. Ela cas. Stefano Canzio. Filhos:
i Bruno. Morto em ação nos Argonnes, durante a I Grande Guerra, 1914-1918.
ii Menotti, * c1841. Engenheiro-rural na Índia e China, onde morreu.
iii Pepino. Morreu em ação na França, durante a I Grande Guerra no posto de General Comandante da Legião Italiana na França.
iv Constant. Morto em ação na França, em 1915, durante a I Grande Guerra.
v Ricciotti, * c1880.
9. vi Sante * c1885.
vii Ezio, * c1885. General italiano. Faleceu em Roma.
viii Itália. Ou Anita. Escreveu o livro “Garibaldi na América”.
ix Rosa.
10. x Josephina Canzio.

8. Ricciotti Garibaldi, * 24-02-1847, Montevidéo,Uruguai. Ele cas. Lady Constance Hopcraft. Tornou-se oficial do exército italiano, chegando a lutar ao lado do pai no segundo período das guerras pela unificação italiana. Filhos:
i Josephina Garibaldi Ziluca. viveu nos Estados Unidos.
ii Ezio Garibaldi.
11. iii Sante Garibaldi.

Quinta Geração

9. Sante, * c1885. . Casado com uma francesa. Morreu no campo de Concentração de Dachau. Filhos:
i Anita. Filha adotiva.
ii Giuseppe.
iii Victória.

10. Josephina Canzio. Ela cas. Jospeph Henry Ziluca. Josephina died 19-07-1971, Greenwich, USA. Foi madrasta de Lucas Ziluca. Jospeph: Arquiteto iuguslavo. Filhos:
12. i Paul Garibaldi Ziluca.
13. ii Tony Garibaldi Ziluca.

11. Sante Garibaldi. Ele cas. Beatrice Borzatti. Filhos:
14. i Annita Garibaldi Jallet.

Sexta Geração

12. Paul Garibaldi Ziluca. Ele cas. Loise Loveday, 1928, em USA. Residentes nos Estados Unidos. Filhos:
i Loveday.
ii Joseph Henry.
iii Isabel.
iv Maxwell.

13. Tony Garibaldi Ziluca. Ele cas. Nancy. Nancy: Residiram nos Estados Unidos. Filhos:
i Francesca.
ii Alessanra.
iii Peter.
iv Antoinette.
v Gina.

14. Annita Garibaldi Jallet. Doutora em Direito pela Universidade de Bourbon, França. Filhos:
i Francesco.
ii Anna.
iii Clara.